Cidades sedes para Copa 2014 terão prioridade no PAC do "Trânsito"
"Precisamos definir os projetos e pedir aprovação do Conselho Monetário Nacional (CMN) para o gasto. Eu acredito que podemos dobrar esse valor, que é de R$ 1 bilhão por ano. Podemos ter até R$ 6 bilhões em três anos", afirma.
"Conversei com o presidente Lula no segundo semestre do ano passado para termos um PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) à semelhança dos outros para melhorar a mobilidade urbana e ele me disse para formular a proposta. Alguns projetos foram colocados em carteira, e o que tivemos até agora foi uma reunião com a Casa Civil para definir o foco dessa ação", disse o ministro.
Segundo ele, o Conselho das Cidades, órgão que reúne especialistas dos problemas que surgem nos municípios e ajuda o ministério a buscar soluções, definiu que o foco dos investimentos será vias urbanas e criação de corredores específicos para o transporte de massas. "Não é investimento em pavimentação de vias. É dinheiro para melhorar a mobilidade das pessoas nas grandes cidades, com vias expressas ou corredores de ônibus, por exemplo", afirma Fortes.
O dinheiro vem do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). Fortes diz que já há R$ 1 bilhão por ano do FGTS reservado para investimentos em mobilidade urbana, a exemplo do que acontece com saneamento e habitação.
O ministro evita indicar quais cidades serão prioridade e quais projetos já estão aprovados pelo Conselho das Cidades. "Ainda estamos recebendo projetos, não gostaria de apontar prioridades, porque ainda teremos que discutir a viabilidade das propostas com os Estados e Municípios, assim como fizemos no PAC de Saneamento e Habitação. A escolha dos projetos também vai depender da capacidade de endividamento dos municípios", diz.
A Copa do Mundo de 2014 também servirá como critério para o ministério apontar os locais de investimento. Se o município for sede da Copa, terá prioridade para receber o investimento.
Segundo Fortes, a decisão de investir para melhorar o trânsito nas cidades não é decorrente apenas dos recordes de lentidão recentemente enfrentados por São Paulo, mas isso preocupa o governo.
"Estamos preocupados com a dificuldade de trânsito nas cidades, está havendo um aumento na quantidade de veículos nas ruas e os problemas de trânsito têm ficado piores. Não basta dar moradias novas às pessoas, em regiões um pouco mais distantes e não oferecer transporte e acesso aos serviços essenciais como educação saúde e ao trabalho dos cidadãos", disse o ministro.
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