Muniz reage e acusa Sachetti de obter vantagem

O deputado Percival Muniz (PPS) rebate as acusações do prefeito de Rondonópolis, Adilton Sachetti (PR), e o acusa de ter levado vantagem com a dívida deixada por ele (Muniz) junto à Rede/Cemat. "Na verdade, a dívida era de R$ 6 milhões e, um mês depois que ele (Sachetti) assumiu (a prefeitura), o débito subiu para R$ 18 milhões. Essa dívida aumentou porque ele (Sachetti) deve ter feito algum acordo com a Cemat. Tá na cara que aconteceu isso", retruca.

Sachetti havia dito, durante encontro do PR que marcou o lançamento de sua pré-candidatura à reeleição, que assumiu um "rombo" milionário deixado pelo antecessor. Foi um recado a Muniz, que o apoiou em 2004. Já o hoje deputado contesta as acusações do ex-aliado. Alega que não pagou a Cemat, pois a dívida referente à diferença das estimativas cobradas da iluminação pública era de R$ 4 milhões e a empresa estava cobrando R$ 6 milhões. "Criei um decreto para a formação de uma comissão para auditar a dívida e saber o seu valor real", explica.

O parlamentar enfatiza que o Ministério Público deve fiscalizar a atual gestão. "Foi feito um negócio para lesar os cofres públicos", acusa. Muniz adianta que caso seu colega Zé Carlos do Pátio (PMDB) seja eleito, não irá aceitar as dívidas da forma que estão. "Zé do Pátio vai devolvê-las depois que elas forem auditadas".

Sucessão

Ex-prefeito por dois mandatos, Muniz já abriu mão de sua pré-candidatura para reforçar o nome de Pátio na corrida sucessória. Em 2004, o peemedebista perdeu por pequena diferença em relação ao segundo colocado (Wellington Fagundes) e ao eleito Sachetti. Pelo acordo, o PPS de Muniz indicará o vice da chapa. Segundo o parlamentar, sua esposa e ex-secretária estadual de Educação, Ana Carla Muniz, já disse que não pretende se candidatar ao cargo. "A Ana Carla tem dificuldade para aceitar", completa.