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Politica Brasil
Segunda - 03 de Março de 2008 às 21:36
Por: Fernando Leal

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O que seria mais um movimento grevista de trabalhadores por melhores salários – iniciado na manhã desta segunda-feira (03), em Cuiabá – mobilizou parlamentares na formação de uma força-tarefa na Assembléia Legislativa, para elaboração e apresentação de projetos de lei, e na arregimentação de representantes da bancada federal mato-grossense e outras autoridades, em Brasília.

Tudo começou pela manhã, com o início de uma greve por tempo indeterminado dos empregados em empresas de segurança, vigilância e de transportes de valores de Cuiabá e região. Mobilizados pelo sindicato da categoria – o Sineprevs-MT, os trabalhadores querem reajuste salarial de 20% contra 5,2% oferecido pelos patrões.

Com o salário médio de R$ 500, o aumento pedido o elevaria para R$ 600, mas a classe patronal não abre mão de valor superior aos R$ 526. Segundo eles, a defasagem salarial é de duas décadas. A data-base para negociação salarial é 1º de janeiro, mas a categoria está tentando negociação com as empresas desde novembro do ano passado.

Entre o final da manhã e o início da tarde, cerca de 1.200 vigilantes chegaram à Assembléia e uma comissão foi recebida pelos deputados Wagner Ramos (líder do PR na Casa) e Walter Rabello (PP) – respectivamente, vice-presidente e presidente da Comissão Permanente de Seguranças Pública e Comunitária; Chico Galindo (PTB) e José Domingos (DEM).

Além da reivindicação salarial, os trabalhadores apresentaram uma extensa lista de dificuldades vividas pela categoria. Entre elas, estão salários atrasados, condições precárias durante as jornadas de serviço e a concorrência com clandestinos – os não-formados. De acordo com o presidente do sindicato da categoria, Valtair Laureano, atuam no estado 5.200 profissionais credenciados pela Polícia Federal que – via de regra – são obrigados a se submeter a riscos como enfrentamento a marginais em situação de inferioridade porque empresas não acatam a legislação.

“Por exemplo, a Lei Federal nº 7.102 obriga cada instituição bancária ter plano de segurança aprovado pela Polícia Federal e – pelo menos – número inferior a quatro vigilantes em serviço. No entanto, muitas empresas não cumprem essa determinação sob alegação de contenção de custos”, lamentou Laureano. Hoje, a categoria tem estatuto próprio e um representante na Câmara dos Deputados – o federal “Chico Vigilante”, de Brasília.

Durante reunião ampliada – já com todos os trabalhadores, Wagner Ramos e Walter Rabello firmaram outros compromissos: eles vão trabalhar, a partir da sessão plenária de amanhã (terça-feira, 04), pela correção dos pagamentos salariais; também, para que as empresas que tenham contrato com o Estado só possam receber pelos serviço prestado em um mês se comprovarem quitação salarial dos seus respectivos empregados no mês anterior; e obrigar as empresas a não aceitarem a prestação de serviço por pessoas não credenciadas pela PF – abolindo a clandestinidade no âmbito da categoria.

Ramos e Rabello pretendem, ainda, que todos demais parlamentares se unam a eles para trabalhar no incremento do adicional de periculosidade da categoria, e recomendaram ao sindicato pedir ao Ministério Público o acompanhamento, de perto, da tramitação das ações trabalhistas





Fonte: Assessoria/AL

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