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Politica Brasil
Segunda - 03 de Março de 2008 às 04:35

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Brasília - O ministro das Relações Institucionais, José Múcio Monteiro, voltou a defender ontem à noite, após desembarcar em Brasília, vindo de Pernambuco, que o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, deixe o comando do PDT. “O meu conselho é que o ministro Carlos Lupi deixe a presidência do PDT e fique no Ministério do Trabalho. Toda essa marola sobre a assinatura de convênios entre o ministério dele e as entidades sociais e organizações não-governamentais (ONGs) só ganhou relevância porque ele continua no comando do PDT”.

No sábado, em São Paulo, durante a festa dos 30 anos de vida política do deputado e ex-ministro Aldo Rebelo (PC do B-SP), José Múcio já havia dito que Lupi teria de optar, nesta semana, entre o comando do PDT e o ministério. “Ficou incômodo”, havia dito o ministro das Relações Institucionais.

A Comissão de Ética Pública da Presidência já fez duas recomendações para que Lupi pare de acumular a função de ministro com a de presidente do PDT. Avalia que isso pode provocar conflito de interesses. O assunto deve voltar à pauta da comissão na próxima reunião, prevista para meados deste mês.

Os “conselhos” de Múcio ganharam relevância porque começaram a ser dados em público dois dias depois de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter defendido o pedetista e afirmado que ele tinha “o comportamento mais republicano que um ministro pode ter”. Para Lula, o fato de Lupi ser ao mesmo tempo ministro e presidente do PDT e assinar convênios com prefeitos e líderes pedetistas era “uma bobagem”.

Ele se referia às acusações de que o Ministério do Trabalho beneficiaria ONGs ligadas direta ou indiretamente ao PDT com convênios. O ministro chegou a apresentar uma lista de liberações para mostrar que entidades e prefeituras de seu partido não eram as que conseguiam mais recursos.

O jornal O Estado de S. Paulo revelou na semana passada que dois desses convênios, no valor de R$ 1,141 milhão, foram assinados com a prefeita de São Gonçalo (RJ), Maria Aparecida Panisset. O município, segundo maior colégio eleitoral do Rio (626 mil eleitores), nunca havia firmado convênios com o ministério, mas conquistou os dois três meses depois de Panisset trocar o DEM pelo PDT. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo





Fonte: AE

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