De olho em herdeiro para 2010, Lula testa seis nomes
O teste incluirá viagens pelo país ao lado do postulante e o exame de como cada um se comporta na defesa do governo. Lula disse a auxiliares que não vai benzer ninguém agora. O comentário foi feito no início da semana, depois de ver os resultados da pesquisa CNT-Sensus, que mostra que sua popularidade ainda é intransferível.
O presidente observa o desempenho de possíveis candidatos não apenas na seara do PT, mas também em outros partidos da base aliada, como o PMDB e o PSB.
Está bem impressionado, por exemplo, com a performance do deputado Ciro Gomes (PSB-CE), ex-ministro da Integração Nacional. Nas simulações feitas até agora, Ciro perderia a eleição presidencial para o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), mas não faria feio.
Além disso, no diagnóstico do Planalto, se a disputa com os tucanos for marcada por cruzados de direita, pode ser conveniente para Lula usar o estilo agressivo do ex-governador cearense.
Gerente do governo, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, é hoje a favorita do presidente nas fileiras do PT. Mas Lula admite que falta a ela mais malícia política.
Para adquirir "jogo de cintura", Dilma chegou a ganhar um bambolê de dirigentes do PMDB, em janeiro, logo depois da posse do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão.
Os outros potenciais candidatos seriam os ministros Marta Suplicy, Patrus Ananias, Nelson Jobim e Tarso Genro.
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