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Politica Brasil
Domingo - 20 de Janeiro de 2008 às 17:30

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Deputado federal licenciado e enfrentando uma série de denúncias, o presidente do Diretório Regional do PMDB, Carlos Bezerra, fez exatamente aquilo que se esperava dele: endurecer o discurso contra o Governo. Em entrevista ao jornal “A Gazeta”, jurou de pés juntos que não foi procurado por ninguém do Executivo para tratar da indicação de um nome para a Secretaria de Turismo. Mais até: falou que o PMDB não está interessado em cargo e que o partido já vai sacrificar qualquer projeto em nome de vagas no Governo. Algo como quem te viu quem te vê.

Bezerra disse que o PMDB está firme no propósito de levar adiante a candidatura do deputado José Carlos do Pátio a prefeito de Rondonópolis – base eleitoral de Maggi. Segundo o líder peemedebista, o partido quer “discutir políticas públicas e não secretariado”, demonstrando uma completa transformação de conceitos. No recentemente histórico do PMDB, várias negociações que resultaram no fim de inúmeros projetos eleitorais – alguns até viáveis.

Segundo Carlos Bezerra, o partido sempre atuou de forma independente ao governo Blairo Maggi. “Nós nunca fomos atrás de cargos. O governador é quem disse que nos passaria o comando da Seduc e pouco tempo depois a entregou para o PT. Ele também prometeu a Sinfra, mas não cumpriu com a palavra, deixando o partido em uma situação ridícula” - ressaltou Bezerra. Esse é um dos motivos que nos levaram a não querer mais discutir nenhum cargo com o governo do estado”, concluiu Bezerra, dizendo ainda que as notícias envolvendo o PMDB no secretariado de Maggi não passam de especulações.

Além de “picar” a pré-candidatura de Pátio em Rondonópolis, a aproximação do PMDB ao Governo iria ainda mais longe e teria efeitos em Cuiabá. No Governo há uma preocupação latente com a possibilidade de o PMDB acabar caindo nos braços do prefeito Wilson Santos – o que o tornaria suficientemente forte para vencer as eleições ainda no primeiro turno, dependendo do ritmo de campanha a ser empregado. Dentro da sigla há um descontentamento com o fato de o deputado estadual Walter Rabello ter se transferido para o PP. Com isso, em retaliação ao candidato líder nas pesquisas no momento, o PMDB aliaria-se ao seu maior adversário.

O endurecimento do PMDB em relação ao Governo tem também outra leitura: a de que o partido quer mais que uma Secretaria de Turismo para “sacrificar” seus candidatos e pretensões eleitorais em 2008. Talvez duas secretarias. “O que será determinante nisso – disse uma alta fonte palaciana – é saber até que ponto vai o apetite político do governador Blairo Maggi para suprimir obstáculos eleitorais”. Maggi, até aqui, sempre demonstrou muito cuidado na hora de fazer suas escolhas e de envolver o próprio Governo nas questões de ordem eleitoral.

Outro efeito do endurecimento: Maggi pode demorar um pouco mais para concluir a recomposição do seu secretariado. Até aqui, única certeza é de que o economista Eder Moraes deve mesmo assumir a Secretaria de Fazenda, em lugar de Waldir Teis, que foi para o Tribunal de Contas do Estado (TCE). O cargo está sendo ocupado interinamente por Edmilson Santos.

Para atender ao PMDB, Maggi estava disposto a remanejar o secretário Pedro Nadaf, do Turismo, para a Secretaria de Indústria, Comércio e Mineração, no lugar do demissionário Alexandre Furlan. Deixa também o Governo nas próximas horas o secretário Jaó Carlos Ferreira para se candidatar a prefeito de Barão de Melgaço. Seu lugar deve ser preenchido pelo jornalista Ramon Monteagudo.

O governador também estuda mudar o atual secretário de Meio Ambiente, Luís Henrique Daldegan, por José Aparecido dos Santos, presidente da Associação Matogrossense dos Municípios.




Fonte: 24 Horas News

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