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Internacional
Domingo - 13 de Janeiro de 2008 às 14:39

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VIENA, 13 Jan 2008 (AFP) - A Agência Internacional da Energia Atômica (AIEA) anunciou neste domingo que chegou a um acordo com o Irã sobre o estabelecimento de um prazo de quatro semanas para resolver todas as questões pendentes sobre seu programa nuclear.

Em conversas em Teerã sexta-feira e sábado, o diretor-geral da AIEA, Mohamed ElBaradei; o guia supremo iraniano, o aiatolá Ali Khamenei; e o presidente Mahmud Ahmadinejad estabeleceram um prazo máximo de quatro semanas para finalizar o "documento de trabalho" que deve esclarecer todas as questões pendentes sobre o programa nuclear iraniano, declarou a agência em comunicado publicado em Viena.

O "documento de trabalho" é fruto de um acordo concluído no ano passado por ElBaradei e Teerã, que estipula o esclarecimento de todas as questões pendentes referentes ao programa nuclear iraniano.

Neste documento, a AIEA exige explicações sobre os testes realizados no passado com plutônio e polônio 210, a utilização de centrífugas de tipo P1 e P2 para produzir urânio enriquecido, a mina de urânio de Ghashin, no sul do Irã, rastros de contaminação de urânio altamente enriquecido descobertos na Universidade técnica de Teerã, e principalmente sobre estudos supostamente ligados a um programa nuclear militar.

O documento estipulava inicialmente que todas estas questões deviam ser esclarecidas antes do fim de 2007, mas este prazo não foi respeitado.

Em Teerã, o líder da Organização Iraniana da Energia Atômica, Gholamreza Aghazadeh, declarou neste domingo que o Irã tentará responder a todas as perguntas da AIEA sobre seu programa nuclear daqui a meados de fevereiro.

"Vamos tentar resolver todas as questões pendentes daqui a meados de fevereiro, antes do relatório que Mohamed ElBaradei deve apresentar, em março, aos membros do Conselho dos governadores" da agência, declarou Aghazadeh à agência iraniana Isna.

"Esperamos que todas as questões passadas e presentes sobre nosso programa nuclear sejam resolvidas, e que possamos voltar a uma situação normal", acrescentou.




Fonte: AFP

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