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Nacional
Segunda - 07 de Janeiro de 2008 às 14:07

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O promotor de Justiça Pedro Baracat Guimarães Pereira voltou ao trabalho nesta segunda-feira (7), um dia após matar a tiros o motoqueiro Firmino Barbosa na Avenida República do Líbano, próximo à Praça Doutor Francisco Cintra Godinho, na região do Parque do Ibirapuera, Zona Sul de São Paulo. O promotor alega que reagiu a um assalto. Duas testemunhas disseram à polícia que foram atacadas por Barbosa. A família nega que o rapaz tenha envolvimento com crimes.

A mulher que estava no carro com o promotor no momento crime foi ao Ministério Público na manhã desta segunda-feira (7) para prestar depoimento. Esta tarde, o procurador-geral de Justiça do estado de São Paulo vai se pronunciar sobre o caso. A Procuradoria Geral de Justiça anunciou no domingo (6) que vai apurar as circunstâncias da morte de Barbosa.

Disparos

De acordo com relato do promotor à polícia, ele foi surpreendido pelo motoqueiro quando trafegava na região do Ibirapuera, acompanhado de uma mulher. Segundo a Secretaria de Segurança Pública, Baracat disse que o motoqueiro anunciou o assalto pela abertura da janela do carro e pediu seu relógio de pulso.

O promotor contou que o suspeito levou a mão à cintura e pensou que o rapaz pegaria uma arma. Ele, então, sacou sua pistola, disparou contra o motoqueiro e fugiu - como membro do Ministério Público, o promotor tem direito ao porte de arma. Segundo a SSP, Baracat comunicou o caso à polícia e foi ao Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic). Após prestar depoimento, o promotor foi liberado.

O motoqueiro, Firmino Barbosa, de 30 anos, chegou a ser socorrido pela Polícia Militar e levado ao Hospital São Paulo, mas não resistiu aos ferimentos. O corpo foi enterrado na tarde de domingo, no Cemitério Jardim da Paz, no bairro de Santa Tereza, na Grande São Paulo, após passar por perícia no Instituto Médico Legal (IML). A polícia ainda tenta levantar informações sobre a ficha criminal de Barbosa.

Segundo a SSP, duas testemunhas confirmaram à polícia a versão do promotor. Com o motoqueiro foram encontrados documentos e sete relógios (anteriormente, a SSP havia informado que eram cinco). Os relógios, a moto e a pistola do promotor foram apreendidos. De acordo com a polícia, a placa do veículo estava apagada. Após o registro na Delegacia de Roubo a Bancos do Deic, o caso foi encaminhado para o Ministério Público.

Sem passagem

Segundo fontes ligadas à polícia, Barbosa não tinha passagem. A Secretaria de Segurança Pública não confirma a informação, e apenas diz que o dado não constava no boletim de ocorrência.

Familiares no IML contaram que o motoqueiro era casado, tinha um filho de sete anos e que sua mulher está grávida de nove meses. De acordo com um dos parentes, no momento do crime, Barbosa estava com a moto de um cunhado, para quem faria uma entrega.

Testemunhas

Duas vítimas de roubo reconheceram o motoqueiro morto pelo promotor como o homem que roubou seus relógios. O estudante Flávio Furlan, que teve o relógio levado sexta-feira (4) ao lado do Parque do Ibirapuera, disse ao Jornal Hoje que viu o rosto do assaltante. “Eu lembro do rosto dele, [a] viseira [estava] aberta. Tenho certeza absoluta”, disse. O engenheiro civil Marcos Alexandre Stephani, assaltado no sábado (5), também disse à polícia que foi atacado por Barbosa. A família do motoqueiro contesta as acusações.





Fonte: G1

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