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Politica Brasil
Quarta - 19 de Dezembro de 2007 às 18:59
Por: DANIEL DINO

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A proposta mato-grossense sobre o desenvolvimento sustentável recebeu apoio durante a 13ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, realizada na Indonésia. Países como a Noruega, Alemanha, Nova Zelândia, entre outros, elogiaram o programa de desmatamento evitado apresentado pelo Estado, onde os responsáveis por terras que deixarem de ser desmatadas podem ser compensados financeiramente por isso. O governador Blairo Maggi disse nesta quarta-feira (19.12) que Mato Grosso foi elogiado porque não foi prometer mudanças, e sim, mostrar o que já está sendo feito pelo Governo em parceria com a iniciativa privada.

Segundo Maggi, uma comitiva da Noruega virá a Mato Grosso em 2008 conhecer os programas apresentados durante a Conferência. O país, que possuí um fundo sobre sua produção de petróleo destinado para investir em conservação ambiental, comprometeu-se em aplicar recursos na preservação da Amazônia Legal. Mato Grosso será um dos primeiros Estados a serem beneficiados, com previsão de que este fundo seja aplicado a partir de janeiro em projetos pilotos que serão implantados em diversas áreas do Estado.

O governador citou como exemplo o Licenciamento Ambiental em Propriedades Rurais (SLAPR), onde Mato Grosso é o único no País que utiliza o sistema e já cadastrou 35% das propriedades neste novo modelo. O sistema é totalmente digitalizado utilizando imagens de satélite para a fiscalização em campo. O modelo localiza desmatamentos ilegais nas propriedades licenciadas.

Outro programa que recebeu elogios foi o MT Floresta, principalmente das parcerias onde pequenos produtores rurais reflorestam suas áreas com seringueiras. Cada família garante uma renda em torno de R$ 2,2 mil durante um período longo, aproximadamente 30 anos, o tempo de vida produtiva da árvore. Um dos defensores desta proposta durante o encontro foi o coordenador da Campanha Amazônia do Greenpeace, Paulo Adário. Ele reforçou a importância da presença do governador e dos produtores rurais do Estado nas discussões da Conferência, como forma de mostrar que o empenho está realmente acontecendo pela conservação e recuperação do meio ambiente.

A comitiva estadual foi formada por poder público e representantes dos setores madeireiro, da soja, do algodão, e também do setor bovino. Uma vitória política da proposta mato-grossense foi a sua inclusão na pauta do Governo Federal, que não demonstrava apoio ao projeto de desmatamento evitado anteriormente à Conferência, e sua inclusão ainda no texto final do encontro. O secretário de Meio Ambiente, Luis Daldegan, explicou que todos os países possuem o poder de veto, o que dificulta qualquer inclusão no texto que servirá para as novas rodadas de discussões do meio ambiente.

Daldegan comentou que a presença dos setores produtivos ajuda a validar e fortalecer a proposta dom País. Mato Grosso foi o único Estado convido a participar da conferência, o que nas palavras do secretário mostra o trabalho que vem sendo desenvolvido.

Blairo Maggi lembrou da importância econômica do Governo participar destas conferências internacionais. “É temos que mostrar o que estamos fazendo para sermos respeitados”, comentou. A preocupação é em relação a informações distorcidas que podem gerar perdas de mercado e bloqueios internacionais.

MATO GROSSO - O governador apresentou os números da produção mato-grossense, o quanto do território é ocupado por atividades agrícolas (são 36% da área do Estado ocupadas pela agricultura – 64% está preservado, incluindo as terras indígenas) e destacou as ações ambientais implantadas pelo Governo e como vem sendo conduzidas em parceria com o setor produtivo.

A dinamização da economia no Estado também foi defendida pelo governador como uma forma de conservação ambiental. O maior número de empresas que transformam os produtos primários em manufaturados geram emprego e renda as pessoas onde estão instaladas, assim, estas pessoas deixam a necessidade de retirar o seu sustento das florestas.





Fonte: Secom-MT

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