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Nacional
Quarta - 05 de Dezembro de 2007 às 12:11
Por: Tiago Pariz

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O lançamento do Programa Mais Saúde nesta quarta-feira (5) no Palácio do Planalto transformou-se em um ato de apoio à prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) 2011.

O evento conta com a participação de 20 governadores, entre eles os tucanos Cássio Cunha Lima (PB), Yeda Crusius (RS) e Teotônio Vilela (AL). Entre as ausências marcantes estão as duas estrelas do PSDB: José Serra (SP) e Aécio Neves (MG).

“Não podemos achar que se o governo federal ficar sem a arrecadação de R$ 40 bilhões da CPMF, não haverá impacto negativo na economia. O PSDB ajudou a pavimentar a estabilidade econômica e não deveria trabalhar contra a aprovação da CPMF”, disse Cunha Lima.

O governador paraibano lamentou que os senadores de sua legenda tenham posição contrária à prorrogação e disse que o PSDB está fraturado. “Há uma divisão entre os que se acham grandes dentro do partido e os pequenos”, disse Cunha Lima.

A governadora do Rio Grande do Sul também saiu em defesa do “imposto do cheque” e cobrou que o repasse aos estados cresça gradualmente até que todo o percentual da CPMF torne-se investimento em Saúde.

Além dos tucanos, o cardiologista Adib Jatene, considerado o pai da CPMF, também participa do evento, sentado ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. E foi escalado para discursar e se emocionou: "O governo vive um contingenciamento, arrecada muito de quem ganha pouco e arrecada pouco de quem ganha muito. Nós temos um passado colonial e imperial e isso é tradicional, os amigos do rei não gostam de pagar, mas têm que pagar."

O governador do Paraná, Roberto Requião (PMDB), reafirmou seu apoio à contribuição e lançou farpas aos adversários que defendem o fim do tributo. “Quem não gosta da CPMF é o capital financeiro. Pobre não paga CPMF. Alguém já viu pobre com cheque na mão?”, indagou-se o governador peemedebista.

A participação de Serra e Aécio, segundo a assessoria do Planalto, não estava prevista. Além dos dois também não compareceram ao evento os governadores José Roberto Arruda (DF), Blairo Maggi (MT), Ivo Cassol (RO), Waldez de Góes (AP) e Ottomar Pinto (RR).

O Programa Mais Saúde prevê investimento de R$ 88,6 bilhões nos próximos quatro anos. Desse total, R$ 64,6 bilhões do Plano Plurianual e R$ 24 bilhões de recursos da CPMF, através da regulamentação da Emenda 29.





Fonte: G1

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