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Cultura
Terça - 04 de Dezembro de 2007 às 21:05

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Havana, 4 dez (EFE).- A 29ª edição do Festival de Cinema de Havana, que terá o cineasta brasileiro Joaquim Pedro de Andrade como um dos homenageados e o Brasil como país com maior representação, começa hoje com a exibição de "Redacted", de Brian de Palma, show do argentino Fito Páez e à espera dos atores Gael García Bernal, Diego Luna, Javier Bardem e Hanna Schygulla.

Até o dia 14, Havana será a capital do cinema latino-americano e exibirá de mais de 500 filmes.

O Brasil concorre com cinco. A Argentina, também forte favorita, tentará a sorte com quatro longas-metragens de ficção, três deles dirigidos por mulheres.

Joaquim Pedro de Andrade dirigiu, entre outros filmes, "Couro de Gato" (1960), "Garrincha, Alegria do Povo" (1963), "Cinema Novo" (1967) e "Macunaíma" (1969).

Além de Joaquim Pedro, as homenagens também são dedicadas ao 40º aniversário do Festival de Viña del Mar (Chile), um dos mais antigos do continente e com tradição de reunir a vanguarda do cinema continental, ao diretor espanhol José Luis Borau e ao francês Eric Rohmer.

Este ano concorrem em Havana 20 longas-metragens de ficção de Brasil, Bolívia, Argentina, Cuba, Chile, Uruguai, Venezuela e Estados Unidos.

Entre eles, se destaca a co-produção Brasil-México-Espanha-Argentina "O Cobrador", de Paul Leduc, com Lázaro Ramos, Peter Fonda e Milton Gonçalves, baseada em contos de Rubem Fonseca.

Outro destaque é a bem-sucedida proposta mexicana Carlos Reygadas "Luz Silenciosa", candidato ao Oscar na categoria de melhor filme estrangeiro e ganhador do Prêmio do Júri em Cannes.

O Festival será aberto com uma apresentação de Fito Páez, que também apresentará seu novo filme, "¿De quién es el portaligas?", seu terceiro trabalho como diretor depois de "Vidas Privadas" e o curta "La Balada de Donna Helena".

Os organizadores esperam a visita de outros nomes do cinema internacional, como o ator espanhol Javier Bardem, protagonista do premiado filme "Mar Adentro", "Onde os Fracos Não Têm Vez", dos americanos Joel e Ethan Coen, e a recente versão do romance "O Amor nos Tempos do Cólera", do colombiano Gabriel García Márquez, dirigida pelo britânico Mike Newell.

O Festival espera também contar com os jovens mexicanos Gael García Bernal, lançado à fama com "Amores Brutos", e seu amigo e colega Diego Luna, de "E Sua Mãe Também". Está prevista uma nova visita nos próximos dias da atriz Hanna Schygulla ("Lili Marlene").

A lista de convidados, ainda a confirmar, inclui os cineastas espanhóis Carlos Saura e Iciar Bollaín, para apresentar seus filmes "Fados" e "Mataharis", respectivamente.

O diretor-geral do Festival, Ivan Giroud, destacou nesta edição as mostras programadas de cinema infantil e cinema fantástico e de terror, às quais se somam as de cinema alemão, britânico, suíço, norueguês, canadense, italiano e espanhol.

Nelas estão inscritos títulos como o alemão "A Vida dos Outros", de Florian Henckel von Donnersmark, um dos filmes que despertaram maior interesse entre o público cubano, por lidar com espionagem de Estado no regime socialista da antiga Alemanha Oriental.

No panorama contemporâneo internacional, estão "Direktøren for det Hele" ("O Chefe de Tudo Isto"), do dinamarquês Lars von Trier, e "Inland Empire", do americano David Lynch.

Cuba concorrerá com os longas-metragens de ficção "Madrigal", o polêmico filme do premiado Fernando Pérez, "Camino del Edén", um filme de época de Daniel Díaz Torres, e a comédia policial "La Noche de los Inocentes", de Arturo Soto.

Após cerca de três décadas de existência, os promotores do Festival apostam em estimular principalmente a produção dos mais jovens cinestas do continente.

Haverá a entrega de um prêmio em dinheiro nas categorias de ficção e estréia, que consiste na compra dos direitos de exibição para as obras ganhadoras.




Fonte: EFE

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