Jaime nega crise e admite candidatura de Júlio em VG

O senador Jaime Campos disse, durante a primeira convenção regional do DEM, nesta sexta, no plenário da Assembléia, que os vínculos familiares não terão peso nas próximas eleições. Foi uma resposta ao questionado pelo fato do seu irmão, conselheiro Júlio Campos, que está decidido a se aposentar do Tribunal de Contas até meados de 2008 para concorrer à Prefeitura de Várzea Grande.

Jaime negou que a decisão de Júlio tenha provocado crise, mesmo diante do mal-estar criado entre seu irmão e o pré-candidato Wallace Guimarães, que vem trabalhando o nome à sucessão municipal há mais de dois anos. Para o senador, o partido pode realizar uma espécie de convenção para definir o melhor nome entre os dois pretensos candidato à sucessão do prefeito Murilo Domingos.

"A melhor política não é com imposição. Vai prevalecer um consenso entre os membros do partido". Alega ainda que Júlio demostrou interesse, mas não de forma definitiva. "Ele (Júlio) está exercendo um bom cargo, mas ainda há muita discussão", frisou. O senador admite que Júlio é um político nato, pela sua militância política. Além de prefeito de Várzea Grande, já ocupou cadeira de governador, deputado federal e senador.

Rumo a 2010

Mesmo em pré-campanha a governador em 2010, o cacique democrata desconversa sobre o projeto político. "Se o partido determinar (que seja candidato), com certeza sairei candidato". Em tom de brincadeira e sem mencionar possíveis adversários, Jaime Campos diz que enfrentará um páreo duro na corrida ao Palácio Paiaguás. Garante ter base eleitoral para isso. Diz ter conquistado eleitores fiéis. "Ajudo aqueles que precisam. Lá em Várzea Grande mesmo, visito muitas pessoas e sempre aquelas mais humildes", afirma o ex-prefeito por três mandatos e ex-governador (91/94).

Jaime avisa que o DEM não será um partido de barganha e assume que vai disputar o governo do Estado em 2010. Segundo ele, o DEM regional pode não ter candidatura própria em todos os municípios, mas não abrirá mão de candidatura para o Senado e para o comando do Palácio Paiaguás.