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Politica Brasil
Terça - 13 de Novembro de 2007 às 16:14

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O deputado José Carlos Araújo (PR-BA) recomendou nesta terça-feira (13) o arquivamento do processo por quebra de decoro contra o deputado Olavo Calheiros (PMDB-AL), irmão do senador Renan Calheiros, no Conselho de Ética da Câmara. As informações são da “Agência Câmara”.

Segundo José Carlos Araújo, não há elementos que justifiquem o pedido de perda de mandato na representação do PSOL. "Se Olavo Calheiros é santo, tenho certeza que não, mas nem por isso ele vai arder na fogueira da injustiça, pois a fumaça da peça inicial não se originou de brasa do comburente com que imaginavam alimentar o fogo de sua inquisição política", afirmou o deputado.

A votação do relatório deve acontecer ainda nesta terça-feira (13).

Olavo Calheiros é acusado de participar de fraudes em licitações em conjunto com a construtora Gautama e de usar influência junto ao governo para reverter uma dívida de R$ 100 milhões da fábrica de cervejas Schincariol com o INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social).

O relator disse que não encontrou provas de participação do acusado em fraudes em licitações com a construtora Gautama, nem de tráfico de influência em favor da cervejaria.

Em relação à doação de um terreno no município de Murici (AL), feita pelo irmão do deputado, Remi Calheiros, então prefeito da cidade, à fábrica de refrigerantes Conny, de propriedade de Olavo Calheiros, José Carlos Araújo também não viu ilegalidade.

O relator também concluiu que não há irregularidade na venda da fábrica de refrigerantes à cervejaria - que pagou R$ 27 milhões, quando o preço de mercado da Conny não passaria de R$ 10 milhões, segundo reportagem da revista “Veja”.

"Nada se pôde descobrir no negócio que levantasse suspeitas quanto à pessoa do representado", afirmou.

Antes da leitura do voto de José Carlos Araújo, Olavo Calheiros dispensou o tempo que tinha para se defender, alegando que não havia nada a acrescentar ao que já havia apresentado em sua defesa escrita e no depoimento que prestou no Conselho de Ética.

O líder do PSOL na Câmara, deputado Chico Alencar (RJ), afirmou que os procedimentos adotados no caso foram "insuficientes".

Na avaliação de Alencar, o relator não esclareceu a relação entre Calheiros e a Gautama e também não teria aprofundado as investigações quanto ao fato de a Schincariol ter sido uma das doadoras da campanha de Olavo Calheiros.





Fonte: G1

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