Vaga no TCE fica mesmo com Bosaipo
Segundo Maggi, o “sinal” foi dado na semana passada. O sim pela cobiçada vaga no TCE foi decretado provavelmente no almoço mantido com o chefe de Estado, na terça-feira passada (6). Embora Bosaipo tenha negado qualquer definição na oportunidade, atrelando o desfecho à saída de fato de Spinelli, Maggi agora confirma que o deputado veterano realmente se desvencilhará da Assembléia Legislativa.
Em entrevista ao final de evento na Secretaria de Infra-estrutura, Maggi refutou qualquer investida pessoal para emplacar no TCE o secretário de Fazenda, Waldir Teis, que atente à prioridade da vaga nas mãos do Poder Legislativo. “Sempre esteve claro que a vaga é da Assembléia e que ninguém tem o direito a ela”, assevera o governador.
Maggi se demonstra confortável com a perspectiva de ver Teis, “fiel escudeiro” nos cofres estaduais, adentrando o Tribunal de Contas não nesta, mas na próxima vaga de conselheiro. A brecha será aberta com a aposentadoria de Ary Leite de Campos, cuja compulsória acontecerá em 2010, quando ele completará 70 anos. As conjecturas é de que Ary, em função de problemas de saúda, possa abrir mão do cargo antes.
Porém, Maggi terá de arrematar, de forma líquida e certa, os entendimentos com a Assembléia para assegurar a vaga a Teis. Embora o chefe de Estado declare publicamente que a cadeira posterior à vacância aberta por Spinelli seja do Executivo, líderes da Assembléia declaram nos últimos dias sistematicamente que as próximas quatro indicações passam pelo crivo do Legislativo.
A contagem se explica pela atual composição do Pleno do TCE, onde seis decorrem das indicações do Poder Executivo, nos governos Júlio Campos, Jaime Campos e Dante de Oliveira: Spinelli, Ary Campos, José Carlos Novelli, Antonio Joaquim, Valter Albano e o próprio Júlio Campos. Na atual composição, apenas Alencar Soares foi emplacado pela Assembléia Legislativa.
Hoje, há consenso no Parlamento em torno do nome de Bosaipo, o que induz que o destino da vaga está em suas mãos. Contudo, a vaga de status com uma polpuda aposentadoria ao final da vida pública infla as pretensões de políticos nos bastidores. Na semana passada, no uso da tribuna em sessão parlamentar, o deputado Zé Domingos (DEM) defendeu a concentração da indicação ao Poder, mesmo que Bosaipo abdique, vetando a vislumbrada cessão ao Executivo.
De quebra, ele dispôs o próprio nome à cadeira. O posicionamento rendeu risos durante a sessão: praticamente todos os parlamentares manifestaram o sonho em alçar a cadeira de conselheiro.
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