4 começam a acirrar disputa em Barra do Garças

A pré-disputa à sucessão municipal em Barra do Garças, cidade-pólo do Araguaia, começa a ganhar clima de acirramento com quatro virtuais candidatos: deputado Adalto de Freitas, o Daltinho (PMDB), Wanderlei Farias (PR), Eduardo Moura (PPS) e o prefeito Zózimo Chaparral (PC do B) que, mesmo com a popularidade em baixa, tentará um novo mandato.

Agora filiado ao PR do governador Blairo Maggi, o ex-prefeito por dois mandatos Wanderlei Farias (1997/2004) manobra para tirar da disputa o pecuarista e banqueiro Moura, primeiro-suplente de deputado federal. Moura, que possui residência no Rio, transferiu seu domicílio eleitoral para Barra do Garças em setembro. Por enquanto, o empresário está atrás nas pesquisas de intenções de voto, mas possui estrutura logística que incomoda os adversários, principalmente Farias. O líder do PPS é proprietário da fazenda Marca, na divisa com Nova Xavantina, considerada uma das referências do país em modelo de confinamento de gado. Também é sócio do Banco Garantia, do Rio, da AmBev (Companhia de Bebidas das Américas) e de outras grandes empresas.

Nas eleições do ano passado, Moura gastou mais de R$ 2 milhões. Os 51.965 votos conquistados nas urnas não foram suficientes para sua eleição. Ficou na primeira suplência da coligação PPS/PSB. Tentou, sem êxito, articular esquema de rodízio com os titulares Homero Pereira (ex-PPS e hoje PR) e com Valtenir Pereira (PSB). Por fim, está na torcida para que Homero vire conselheiro do Tribunal de Contas do Estado para, assim, virar deputado, outro missão um tanto difícil, já que estão na briga pela cargo vitalício o deputado Humberto Bosaipo (DEM) e o secretário de Estado de Fazenda, Waldir Teis.

A exemplo de Eduardo Moura, o deputado Daltinho não abre mão da corrida à prefeitura barra-garcense. Em 2004, ele concorreu e perdeu para Chaparral. Farias virou oposição ferranha ao governo comunista, na esperança de reconquistar o poder. Ele teme que Moura, que usufrui de uma maior amizade com o governador Maggi, pode atrapalhar os seus planos políticos.