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Politica Brasil
Sábado - 10 de Novembro de 2007 às 07:21

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Enquanto os deputados Pedro Henry (PP) e Chica Nunes (PSDB), acusados de compra de votos nas eleições de 2006, lutam no Tribunal Regional Eleitoral para não serem cassados, os suplentes se movimentam e até preparam o trajeto para a posse. Mesmo próximo dos dois que estão na berlinda, eles sonham com as cadeiras dos titulares.

Se Chica perder o mandato, por exemplo, quem assumiria a sua vaga na Assembléia? Na cadeira se efetivaria o primeiro suplente Carlos Avalone. Ocorre que o ex-secretário de Indústria, Comércio e Mineração do governo Dante de Oliveira (1995/2002) já ocupa a cadeira de parlamentar. Substitui Guilherme Maluf, secretário de Saúde de Cuiabá.

Nesse caso, Avalone ocuparia o espaço de Chica e ficaria em aberto a cadeira de Maluf, eleito com 23.189 votos. O segundo suplente é Carlos Carlão do Nascimento, também secretário de Cuiabá. Ele comanda a Educação e garante estar na condição de elegível, apesar de enfrentar processo na Justiça Eleitoral. Carlão não demonstra interesse em retornar à Assembléia para atuação temporária. “Eu assumi um compromisso com o prefeito Wilson Santos e ficarei com ele até o fim de 2008. Já depois: o futuro a Deus pertence”, afirma Carlão.

Abre-se, então, chance para o terceiro suplente Valdinei Iori, que saiu das urnas de 2006 com 6.922 votos. Ele é empresário. Perguntado sobre a possibilidade de virar deputado numa eventual cassação da colega Chica, Iori disse que está preparado para assumir o posto. Ele pondera, porém, que não se pode precipitar. “Tudo virá como resultado de uma conversa com o meu partido e também é uma questão de tempo. Se acontecer, estou preparado”, pondera o suplente.

Vaga de Henry

Uma eventual cassação de Pedro Henry (PP), da coligação Mato Grosso Unido e Justo (PP/PFL), também abriria discussão sobre quem ficaria com a vaga de fato. De direito, seria o primeiro suplente Chico Daltro. Ocorre que Daltro é secretário de Estado de Ciência e Tecnologia e pode até vir a tomar posse na Câmara e, em seguida se licenciar para continuar no governo Blairo Maggi.

A segunda na lista de suplentes é a secretária de Assistência Social e Desenvolvimento Humano de Cuiabá, Celcita Pinheiro (DEM). Esta, por sua vez, demonstra interesse em continuar na gestão Santos, apesar de, na Câmara Federal, poder usufruir de foro privilegiado. Celcita responde a processo judicial por formação de quadrilha, recebimento de vantagem indevida e lavagem de dinheiro. De acordo com a denúncia do MPF, quando ainda era deputada, Celcita propôs emendas ao Orçamento da União direcionadas para a compra de ambulâncias e, assim favorecer a máfia das sanguessugas, liderada pelos Vedoin. Se reassumir a cadeira de deputada, a ação fica trancada.

Há um outro suplente "enrolado" de olho na vaga de Henry. Trata-se de Rogério Silva (PP), ex-parlamentar cassado em 2004, à época no PPS, por compra de votos, mesmo acusação que pesa hoje contra o colega Pedro Henry. Silva não perdeu os direitos políticos, ou seja, está elegível. Os partidos não assumem nenhuma pré-articulação visando a possibilidade de Henry e Chica perderem os mandatos. Preferem, por enquanto, acreditam que ambos vão se salvar. Os suplentes torcem o contrário.





Fonte: RD News

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