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Politica Brasil
Quinta - 08 de Novembro de 2007 às 07:30

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O Poder Judiciário mato-grossense define nesta quinta-feira a data do leilão de um dos bens do conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Julio Campos, uma fazenda em Santo Antonio do Leverger, município distante 30 quilômetros de Cuiabá.

Por determinação judicial, parte do dinheiro arrecadado com o imóvel será usada para quitar uma dívida de campanha eleitoral. Campos deve R$ 1.565.913,95 ao grupo Zahran, dono da TV Centro América, afiliada da Rede Globo. A pendência financeira dura nove anos.

Duas datas haviam sido marcadas para o leilão: 14 e 30 deste mês. Essa era a determinação enviada por meio de carta precatória pelo 28° Ofício Civil de São Paulo (fórum João Mendes Júnior), onde corre o processo contra Campos.

Ocorre que o juiz de Santo Antônio de Leverger, Lídio Modesto da Silva Filho, quis saber mais detalhes sobre o manifesto judicial e descobriu que Júlio Campos não é o único implicado na questão.

Além do conselheiro consta no processo como também devedor um certo Benedito Sérgio de Castro Braga, um dos financiadores da campanha do irmão de Campos, o senador eleito no ano passado, Jaime Campos (DEM).

E pela determinação judicial a dívida a ser paga aos Zahran deve ser quitada apenas com parte do patrimônio de Júlio Campos.

De acordo com a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça mato-grossense, o processo se encontrava na mesa do juiz ontem à tarde, que prometera definir a data do leilão ainda nesta quinta-feira.

Em 1998, o PFL, agora DEM, contratou a VCA Produções, do Grupo Zahran, para produzir o vídeo da campanha de Júlio Campos que era mostrado no horário eleitoral.

O conselheiro, também ex-governador, perdera aquela disputa por diferença de 140 mil votos para Dante de Oliveira, morto em julho do ano passado.

O processo 169/2006 diz que a propriedade de Campos que vai a leilão, a fazenda São José do Piquiri, mede 8,4 mil hectares e custa hoje R$ 5.657.397,50. Metade da área é ocupada por reserva florestal.

No imóvel foram construídos piscina, pista de avião, casa para empregados e um casarão de mil metros quadrados. Na ação, o conselheiro tentou convencer a justiça que a dívida era do partido e não dele.

Por decisão do 28° Ofício Civil de São Paulo, no primeiro leilão, a propriedade de Campos não pode ser negociada por preço inferior ao estabelecido por um perito contratado pela Justiça.

Já no segundo leilão, se não houver a oferta de R$ 5,6 milhões, o imóvel rural pode ser arrematado pelo maior lance, isto é, não é levado em conta o valor do patrimônio. Contudo, o imóvel não pode ser leiloado por preço inferior à dívida cobrada.





Fonte: Midia News

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