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Internacional
Segunda - 05 de Novembro de 2007 às 20:48

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Guatemala, 5 nov (EFE).- O presidente eleito da Guatemala, o social-democrata Álvaro Colom, convocou hoje seus compatriotas a discutir um pacto de "conciliação nacional" que tem como principal objetivo definir bases para a governabilidade do país.

Em sua primeira coletiva após vencer neste domingo o segundo turno das eleições presidenciais guatemaltecas com 52,82% dos votos, Colom, de 56 anos, declarou que o resultado "abriu uma página histórica para o destino do país".

"Convido os que não votaram em nós a fazerem parte desse grande movimento de unidade nacional. Estamos convocando esta tarde os secretários-gerais de todos os partidos, para que amanhã tenhamos uma reunião de trabalho para começar a planejar um acordo de governabilidade", explicou.

Colom especificou que a agenda a ser discutida nesse pacto nacional será sugerida pelos participantes do encontro. "Faríamos mal em levar uma agenda imposta para uma reunião que tem como objetivo unidade".

No entanto, o presidente eleito disse esperar resultados práticos do fórum para o primeiro semestre do próximo ano, sobretudo em temas relacionados com o combate à pobreza e à insegurança, o desenvolvimento rural e os povos indígenas.

"Há um compromisso total nosso de cumprir com nossas propostas de campanha e nosso programa de Governo. Somos uma equipe grande e integrada há vários anos", destacou.

Colom ressaltou também que o tipo de voto recebido nas urnas, majoritariamente proveniente das áreas rurais, "representa uma mensagem muito clara de um anúncio de mudança (...), que abre uma página de esperança para a Guatemala".

"Agradeço por esse voto rural. É a primeira vez que um presidente é eleito com o voto decisivo da área rural", o que dá ao país "a grande oportunidade de obter uma unidade", acrescentou.

O novo presidente da Guatemala, que assumirá o cargo de forma oficial em 14 de janeiro para um mandato de quatro anos (2008-2012), assegurou que dará especial importância aos povoados indígenas do país, que representam 42% dos guatemaltecos.

Para obter os recursos de que necessitará o Governo para executar os planos contidos em seu programa, Colom disse que na primeira quinzena de janeiro reunirá instituições financeiras internacionais e países amigos em um grupo de consultas "de apoio a esse plano vivo da Guatemala".

Nesse grupo de consultas, explicou, sua Administração buscará apoio para impulsionar os planos de desenvolvimento rural, segurança, saúde e educação, assim como para "substituir a dívida interna por dívida externa".

"A Guatemala tem uma dívida interna alta e cara, e há espaço para endividamento externo sem afetar a macroeconomia. (A externa) é uma dívida mais barata e de melhores condições para o Estado guatemalteco", assegurou.

Sobre a política externa de seu Governo, Colom diz que "manterá e fortalecerá" as relações com os Estados Unidos. "Historicamente sempre fomos bons sócios", definiu o novo presidente guatemalteco.

O Gabinete de Colom deve ser divulgado em 1º de dezembro.




Fonte: EFE

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