Associação diz que quase um terço do leite produzido no país não é fiscalizado
O presidente da Leite Brasil, Jorge Rubez, explica que o leite produzido no mercado informal não é submetido a inspeções. Não há fiscais, nem um veterinário responsável pelo rebanho, exigências feitas pelo Ministério da Agricultura. “Não tem nenhum compromisso com ninguém. O leite informal não tem exame no rebanho, não tem vacina, não tem refrigeração”.
Segundo Rubez, o produto é colocado em carroças ou caminhonetes e é vendido de porta em porta em cidades pequenas de todo o país. “Principalmente no interior do estado de São Paulo. Quem está lá vê isso todo dia”.
Para a Leite Brasil, a preocupação maior é com o risco para a saúde do consumidor. O leite não fiscalizado é vendido cru, em garrafas de plástico, e não é pasteurizado, procedimento importante para garantir que os microorganismos presentes sejam mortos antes que o produto seja consumido. A ausência de refrigeração do produto também colabora para a proliferação de bactérias. “Se eles começam a entregar esse leite às 8 horas e entregam até o meio dia, você calcula o que tem de bactéria dentro".
A dica, segundo Rubez, é observar se o leite vendido está em embalagem industrializada, com dados da empresa produtora. O consumidor deve ficar atento também ao estabelecimento onde o produto é comercializado. O leite produzido no mercado informal, geralmente, não é encontrado em prateleiras de supermercado ou em padarias. É vendido em feiras livres e em auto estradas.
Comentários