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Internacional
Sexta - 02 de Novembro de 2007 às 15:35

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Ancara - A secretária de Estado dos EUA, Condoleezza Rice, declarou hoje em Ancara que os rebeldes curdos radicados no norte do Iraque representam uma "ameaça comum" e afirmou que seu país ajudará a Turquia a enfrentá-la. "Nós consideramos esta uma ameaça comum, não apenas aos interesses da Turquia, mas também aos interesses dos Estados Unidos", declarou Rice numa entrevista coletiva conjunta concedida ao lado do ministro turco das Relações Exteriores, Ali Babacan. "Isso vai exigir persistência e comprometimento. Trata-se de um problema muito difícil", declarou a chanceler americana.

A visita de Rice à Turquia, onde se reunirá com o primeiro-ministro Recep Tayyip Erdogan e com outros funcionários do alto escalão do governo turco, faz parte de uma ofensiva diplomática para evitar que a Turquia envie tropas ao norte do Iraque para erradicar bases de guerrilheiros curdos.

Washington teme que uma eventual incursão turca provoque instabilidade em uma das poucas regiões ainda razoavelmente estáveis do Iraque, além de poder abrir um precedente para que outros países com problemas com grupos rebeldes curdos, como o Irã, façam o mesmo.

Ancara, por sua vez, insiste no direito de atacar bases usadas pelos rebeldes do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK, por suas iniciais em curdo) no norte do Iraque caso os EUA não apresentem medidas concretas contra os guerrilheiros.

"Nós temos grandes expectativas com relação aos Estados Unidos. Chegamos a um ponto no qual as palavras não surtem mais efeito e uma ação é necessária", declarou Babacan na entrevista ao lado de Rice.

Antes de desembarcar em Ancara, Rice disse a jornalistas a bordo do avião que os levava que os EUA, a Turquia e o Iraque atuariam juntos para conter os rebeldes curdos, cujos ataques a posições turcas deixaram 47 mortos ao longo do mês passado.

Assim como a aliada Turquia, os Estados Unidos qualificam o PKK como uma organização "terrorista". Apesar de o presidente americano, George W. Bush, ter rotulado a ocupação do Iraque como parte de sua "guerra ao terror" e pressionado aliados para que ajudassem com tropas, Washington insiste que Ancara opte pela via diplomática ao invés de enviar tropas ao norte iraquiano.




Fonte: AE-AP

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