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Politica Brasil
Terça - 30 de Outubro de 2007 às 17:50

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O presidente da Câmara de Vereadores de Cuiabá, Lutero Ponce (PMDB), disse hoje em plenário que não vai divulgar a auditoria realizada na Casa. Ele foi notificado na semana passada, após mandado de segurança impetrado pelo coordenador do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), Antonio Cavalcanti Filho, o Ceará. Apesar de já ter anunciado, durante sessões passadas, que divulgaria o resultado, o parlamentar tem se mantido irredutível e até agora nem os próprios vereadores tiveram acesso ao material, que foi encaminhado diretamente ao Tribunal de Contas do Estado e ao Ministério Público Estadual no início do segundo semestre deste ano.

Nesta terça-feira, Lutero Ponce disse que vai poupar a deputada estadual Chica Nunes (PSDB), que ocupou o cargo de presidente da Câmara entre 2005 e 2006, período cercado por inúmeras denúncias de desvio de dinheiro público, existência de notas frias, entre outras. O presidente, que na época ocupava o cargo de primeiro-secretário, diz não querer que o assunto “vire palanque”. O caso voltou à tona após a vereadora Enelinda Scala, do PT, cobrar a divulgação do resultado da auditoria.

Em outro mandado de segurança, desta vez impetrado por outro membro do movimento, Gilmar Brunetto, são pedidas cópias das notas fiscais de 2005 e 2007 e também o relatório dos processos licitatórios na modalidade de carta-convite da Câmara. “Mesmo após as contas de 2005 terem sido aprovadas pelo Tribunal de Contas, nós temos informações que existem notas frias na mesma quantidade do ano de 2006. Nós pedimos as cópias de 2005 porque a auditoria só tem informações de 2006”, disse. Neste processo, o presidente tem até o dia 6 de novembro para se manifestar.

As contas do exercício de 2006 devem ser julgadas até o final do ano pelo TCE. Este é o período que envolve mais denúncias, especialmente devido às eleições, quando a então vereadora elegeu-se deputada. Já com relação a 2007, o movimento sustenta que quer acompanhar o andamento do mandato de Lutero, que foi eleito justamente com o propósito de dar transparência ao trabalho do Legislativo.

O contrato entre a empresa AP Auditores e Consultores e a Câmara custou aproximadamente R$ 70 mil para prestação de serviços por seis meses.

CPI – Por causa do mistério acerca da auditoria interna realizada na Câmara de Cuiabá, o número de assinaturas do requerimento para a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar as denúncias existentes quanto à gestão passada subiu para seis na semana passada. O último a assinar o pedido foi o petista Lúdio Cabral. Para ser instalada, são necessárias sete assinaturas.





Fonte: Olhar Direto

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