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Politica Brasil
Segunda - 29 de Outubro de 2007 às 17:11
Por: Simone Alves

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O conselheiro do Tribunal de Contas, Júlio Campos, terá uma de suas fazendas leiloadas para pagar dívida de campanha eleitoral de 1998 quando concorreu e perdeu a disputa para governador. O credor é o Grupo Zarhan, presidido pelo empresário Ueze Elias Zahran que congrega, entre as empresas, a TV Centro América (afiliada da Rede Globo). O montante é de R$ 1,5 milhão, mas, atualizado, pode superar a R$ 2 milhões. Júlio, que já ocupou as cadeiras de prefeito de Várzea Grande, deputado federal, governador e senador, alega que a dívida pertence a seu ex-partido (PFL, que foi extinto para surgimento do Democratas (DEM). Lembra que foi contraída durante a campanha de 98 e diz sentir-se injustiçado por herdar a dívida.

O conselheiro afirma que já perdeu um apartamento por conta da ação movida e pode perder a fazenda denominada São José do Piquiri, avaliada em R$ 5,6 milhões. O imóvel de 8,4 mil hectares, sendo 50% da área de reserva ambiental e 246 hectares de pastagem artificial, está localizado em Santo Antonio do Leverger, à margem do rio Piquiri. É considerada uma relíquia para a família Campos. O imóvel abriga entre outras características, um sobrado com mil metros quadrados e 36 divisões e varandas, uma piscina de alvenaria, galpão para máquinas e até uma pista de pouso com mil metros de comprimento.

O leilão já foi autorizado pelo juiz Lídio Modesto da Silva Filho, titular da Comarca de Santo Antonio do Leverger, e está marcado para 11 de novembro. Nesta data, não havendo licitantes ou uma oferta condizente, a fazenda pode ser arrematada no próximo leilão, também já marcado para o dia 30. Neste último ato, o imóvel poderá ser arrematado pelo maior lance, independente do valor. O leiloamento será realizado na Comarca de Santo Antonio do Leverger.

Julio Campos afirma que vai pagar a dívida, mas que não queria perder a fazenda. Nesta terça, seu advogado Guilherme Gantos chega a Cuiabá para buscar uma nova negociação junto ao Grupo Zahran. "Podemos tentar rever a dívida, mas é inevitável o pagamento. Quem me mandou ser candidato", diz o conselheiro, que em 98 perdeu a disputa pelo Palácio Paiaguás para Dante de Oliveira.





Fonte: RD News

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