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Polícia Brasil
Terça - 23 de Outubro de 2007 às 18:39

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Agora a Corregedoria da Polícia Militar e a Polícia Judiciária Civil já poderão fazer a reconstituição de uma simulação da Polícia Militar (PM) realizada no dia 26 de maio, na cidade de Rondonópolis, que terminou com uma criança morta e várias pessoas feridas.

A informação foi confirmada pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso (Sejusp) que divulgou uma nota hoje sobre o recebimento do laudo técnico de imagens e de sons relativos à simulação desastrada. O laudo técnico foi feito pela Polícia Federal, em Brasília, mas os detalhes sobre o resultado do laudo ainda não foram divulgados.

A Secretaria de Segurança Pública, Corregedoria da Polícia Militar e Polícia Civil, que investigam o incidente, aguardavam a chegada do laudo, considerado uma peça importante no processo de investigação.

A Sejusp não quis comentar o resultado do laudo, que trouxe todas as informações sobre quantidade de tiros efetuados, o tipo de munição utilizada pelos atiradores e a identificação da posição do atirador e da arma utilizada por ele durante a simulação. A Secretaria de Segurança Pública afirma que não quer atrapalhar as investigações. Segunda à nota, a posição da Sejusp é a seguinte:

1. A Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec/MT) recebeu do Instituto Nacional de Criminalística, órgão ligado à Polícia Federal, o laudo técnico – de imagens e sons - relativos à simulação ocorrida em Rondonópolis no último dia 26 de maio que resultou em lamentáveis fatos .

2. O laudo técnico se constitui de um exame audiovisual, de imagens de TV e fotografias do dia da simulação e, responde a todos os quesitos formulados pelas Polícias.

3. O laudo conclui a quantidade de tiros efetuados, bem como o tipo de munição utilizada pelos atiradores e a identificação da posição do atirador e da arma utilizada por ele.

4. Com as informações do laudo técnico, será realizada a reprodução simulada dos fatos já requisitada anteriormente pelos presidentes dos inquéritos civil e militar, até o final do mês de novembro, consolidando as informações dos Inquéritos Policiais.

5. É determinação do Governo do Estado desde o início das apurações o rigor e transparência necessárias as investigações e de que os encarregados dos procedimentos investigatórios esgotem todos os meios legais de produção de prova.

O caso

Os tiros foram disparados durante uma simulação anti-seqüestro dentro de um ônibus, no dia 26 de maio, em Rondonópolis. Na demonstração, em um bairro da periferia de Rondonópolis, PMs usaram balas de verdade no lugar de munição de festim. O garoto Luiz Henrique Dias Bulhões morreu e nove pessoas ficaram feridas.

O advogado da família do estudante Luis Henrique entrou na justiça com pedido de indenização. A ação, que é baseada em danos morais e ato ilícito praticado, tramita na 2ª Vara da Fazenda Pública. Luis Henrique era o filho mais velho e único menino da casa.

Outras pessoas que estiveram na simulação e foram atingidas pelos estilhaços do disparo, também entraram com pedidos de danos morais, materiais e em alguns casos, danos estéticos.





Fonte: TVCA

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