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Politica Brasil
Terça - 23 de Outubro de 2007 às 08:20

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A Mesa Diretora do Senado vai decidir nesta terça-feira se encaminhará a sexta representação contra o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) ao Conselho de Ética da Casa. Além do processo contra Renan, a Mesa também vai analisar o pedido do PSOL para que o conselho investigue denúncia contra o senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG).

Na sexta representação, Renan é acusado de apresentar uma emenda que permitiu o repasse de R$ 280 mil para uma empresa fantasma. Em relação a Azeredo, o PSOL argumenta que o senador teria quebrado o decoro por negar a existência e envolvimento com o suposto esquema do mensalão tucano. Para o PSOL, se ficar comprovado que Azeredo mentiu, já é motivo para pedir sua cassação por quebra de decoro.

A Procuradoria-Geral da República ainda estuda a denúncia sobre o suposto esquema de desvio de dinheiro para o caixa dois da campanha de Azeredo ao governo de Minas, em 1998. O conselho já arquivou representação contra o tucano, em 2006, quando respondeu à mesma acusação --com o argumento de que a denúncia ocorreu antes de assumir a cadeira no Senado.

Ontem, o presidente interino do Senado, Tião Viana (PT-AC), levantou a possibilidade de a Mesa Diretora da Casa adiar a decisão sobre o envio do sexto processo contra Renan ao conselho.

Segundo Viana, o "sobrestamento" da decisão até que o conselho conclua os demais processos que tramitam contra o peemedebista no órgão não traz prejuízos às investigações. "Eu penso que não [pegaria mal] se for essa decisão da Mesa [de sobrestar]. O caso pode ser encaminhado na hora oportuna ao conselho. Se evitaria mais um aglomerado de caso de denúncia, notificação ou defesa sem que, com isso, possa trazer qualquer benefício a uma conclusão mais breve do caso do senador Renan."

Ao mesmo tempo em que defendeu o "sobrestamento" do processo, Viana sinalizou que a Mesa Diretora pode recomendar o arquivamento da representação contra Azeredo. O senador considera que o caso já foi arquivado pelo Conselho de Ética no ano passado porque se refere a um fato cometido antes de tomar posse na Casa.





Fonte: Folha Online

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