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Polícia Brasil
Sábado - 20 de Outubro de 2007 às 07:43
Por: Silvana Ribas

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Uma jovem morreu depois de ser submetida a aborto em clínica clandestina. A mãe, revoltada, denunciou o fato à Polícia Civil para buscar a punição da responsável pela morte da filha. Alessandra Regina Santos Arruda, 27, desempregada, pagou R$ 100 pelo procedimento ilegal. Ela estava com cinco meses e meio de gestação. Foi para a clínica e voltou de moto-táxi. O feto não foi retirado e depois de ficar três dias em casa, com dores e febre, procurou um hospital de Cuiabá. Morreu em seguida. A causa da morte descrita no atestado de óbito foi choque séptico, sepse e aborto infectado.

A denúncia foi feita ao Centro Integrado de Segurança e Cidadania (Cisc), do bairro Verdão em Cuiabá pela vendedora autônoma Ana Lúcia dos Santos Arruda, 45. Ela disse que a filha foi fazer o aborto sem seu conhecimento. O dinheiro teria sido dado pelo ex-namorado que disse a jovem que reataria com ela somente se ela tirasse a criança, já que ele não tinha intenção de ser pai. Com a morte precoce da filha, Ana Lúcia agora se preocupa com o futuro do neto, de apenas 10 anos, que terá que ser criado por ela. "Ela não deixou nada para o menino. Ela estava desempregada e eu sei que vou ter muita dificuldade para criá-lo", assegura Ana Lúcia que recorreu à Polícia para tentar fazer Justiça.

A única informação sobre a clínica de aborto clandestina fernecida pela filha, era de que ficava em uma chácara na região do Sucuri. A mulher que fez o crime é conhecida como "Dona Néia". Uma amiga de Alessandra disse à Ana Lúcia, que este seria o terceiro aborto que a jovem fez no local. Nos outros dois o namorado, que estava com ela há três anos, a teria levado pessoalmente em seu carro. Neste último, como ele já estava morando em Juara, mandou o dinheiro para ela abortar. A revolta da mãe da jovem está no fato de o namorado não ter comparecido nem ao enterro nem funeral. Ela não conseguiu manter nenhum contato com ele depois da morte de Alessandra.

O delegado Fábio Silveira, do Cisc Verdão, disse que os investigadores tentarão localizar a clínica e se ficar comprovada a existência a responsável responderá pelo Artigo 126, com pena de reclusão, de 1 a 4 anos.





Fonte: Gazeta Digital

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