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Economia
Quinta - 18 de Outubro de 2007 às 23:05

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SÃO PAULO - A piora de humor dos investidores internos e externos não teve efeito sobre a moeda norte-americana. O dólar teve a maior queda percentual diária em um mês, encerrando abaixo de R$ 1,8 pela primeira vez em cerca de sete anos.

O dólar comercial chegou ao final do pregão negociado a R$ 1,786 na compra e R$ 1,788 na venda, com queda de 1,91%. Na mínima do dia, a moeda bateu R$ 1,785.

Na roda de pronto da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM & F), a divisa encerrou com desvalorização de 1,76%, a R$ 1,786 com volume financeiro de US$ 514 milhões. O giro interbancário somou US$ 5,155 bilhões.

Para a diretora de câmbio da AGK Corretora de Câmbio, Miriam Tavares, o pregão de hoje teve dois momentos distintos.

Durante a manhã, quando a moeda operava em baixa, mas se situava entre R$ 1,8 a R$ 1,81, a queda estava relacionada à decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de manter a Selic estável em 11,25% ao ano.

Segundo Miriam, esta queda era esperada, já que a manutenção da taxa favorece as operações de arbitragem de juros entre o Brasil e o mercado externo.

As perdas se acentuaram fortemente depois que o Banco Central (BC) fez sua atuação diária no mercado. De acordo com o comunicado do Departamento de Operações de Reservas Internacionais (Depin) o leilão de compra teve início às 12h27 e terminou às 12h37. A taxa aceita ficou em R$ 1,8084. A estimativa dos agentes é que o volume comprado foi baixo.

Segundo Miriam, os vendedores que estavam esperando a entrada do BC para conseguir uma taxa melhor e foram frustrados saíram vendendo a preço de mercado acentuando o movimento de queda.

Nos minutos finais da sessão, a vendas ganharam novo impulso, o que permitiu o encerramento abaixo do da barreira psicológica de R$ 1,8. Correram boatos pelas mesas de operação indicando que nos próximos dias vão ocorrer ingressos massivos de recursos e que os bancos já estavam se posicionando.

Por trás de todo este movimento, indica Miriam, está a expectativa de ingressos fortes no País, seja via exportações ou câmbio financeiro. O que segura um pouco a moeda são as atuações do BC, que contém a velocidade de queda, e, pontualmente, alguma piora do cenário externo.




Fonte: Valor Online

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