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Internacional
Segunda - 15 de Outubro de 2007 às 15:48

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Caminhões militares turcos transportam tanques para a região sudeste do país, em preparação para ofensiva contra rebeldes (Foto: AFP)O governo turco afirmou que enviará nesta segunda-feira (15) ao Parlamento uma moção pedindo autorização para uma incursão militar no norte do Iraque com o objetivo de expulsar os rebeldes curdos da Turquia, segundo declarou o vice-primeiro-ministro Cemil Cicek.

De acordo com Cicek, a votação dessa moção está prevista para esta semana, embora ele acredite que seu país não será obrigado a recorrer a uma ação militar.

O governo turco quer uma permissão do Parlamento, com um ano de validade, para que possa realizar uma operação no norte do Iraque, onde acredita que se refugiaram 3.500 rebeldes separatistas curdos do Partido dos Trabalhadores do Curdistão.

Neste domingo (14), o Exército turco bombardeou com artilharia pesada algumas localidades curdas no norte do Iraque, perto da fronteira com a Turquia, mas não deixou vítimas, informou a agência iraquiana "Aswat al-Iraq", citando testemunhas.

As testemunhas disseram à agência que os bombardeios começaram neste sábado às 23h (17h de Brasília) sobre a zona de Nasdur, a dois quilômetros da fronteira iraquiana com a Turquia, e duraram pouco tempo.

Outras testemunhas da zona de Kani Masi afirmaram que a artilharia turca chegou até a cordilheira de Metin, na província de Duhuk, 460 quilômetros ao norte de Bagdá, e também não informaram sobre vítimas.

Os Estados Unidos tentam acalmar os ânimos turcos, em conflito com os rebeldes curdos, como se pode ver no vídeo ao lado.

Até o momento, não foi divulgado nenhum comunicado oficial nem da parte turca nem da iraquiana sobre os incidentes.

Os bombardeios ocorreram três dias depois de o primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, afirmar que solicitaria ao Parlamento uma autorização limitada a um ano para enviar tropas turcas à fronteira do Iraque, com o objetivo de acabar com os milicianos do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), cruzando ao país vizinho quando for necessário.

Erdogan não quis dar mais detalhes sobre como será usada esta autorização, e atribuiu seu pedido a que os EUA não atuaram contra o PKK.

Desde o início de outubro, 30 membros das forças de segurança turcas foram assassinados em diversos ataques do PKK e várias manifestações percorreram a Turquia pedindo uma operação além da fronteira.




Fonte: AFP

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