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Politica Brasil
Segunda - 15 de Outubro de 2007 às 14:46

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SÃO PAULO - O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) disse nesta segunda-feira, 15, que a nova denúncia contra o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), divulgadas com exclusividade pelo Estado e que indicam que o peemedebista elaborou emenda permitindo repasse de R$ 280 mil para uma empresa fantasma, é da maior gravidade e, se for confirmada, justificaria a cassação do mandato de Renan.

"Esta nova denúncia é gravíssima, e, se for confirmada, justificaria a cassação e poderíamos dispensar os outros fatos (representações)", destacou o tucano, após participar de debate sobre voto secreto ou aberto na Federação do Comércio do Estado de São Paulo(Fecomercio-SP), realizado nesta manhã na Capital.

Por conta desta denúncia, o PSOL estuda pedir a abertura da sexto representação contra o presidente licenciado do Senado.

Álvaro Dias ressaltou que Renan Calheiros se afastou da presidência do Senado muito tarde. "O Senado está achincalhado perante à opinião pública, porque Renan deveria ter se licenciado logo no primeiro momento", comentou. E reiterou: "E isso foi ruim para ele, porque não resta outra alternativa aos senadores a não ser cassar o seu mandato. Espero que o Senado aja com rapidez antes do prazo de 45 dias de sua licença".

Após quase cinco meses, Renan pediu licença do cargo na última quinta-feira. Em discurso breve,transmitido pela Tv Senado, o presidente da Casa disse que "confia na justiça".

O senador tucano frisou também que o Senado federal deverá aprovar a votação aberta para os casos que envolvem perda de mandatos. E voltou a cobrar agilidade na deliberação das representações que tramitam contra Renan na Casa. "Temos de votar urgentemente e de forma transparente, porque a população tem direito, agora, de saber o posicionamento de cada um de nós". Na sua avaliação, o consenso que existe hoje no Senado para votação aberta nos processos de cassação de mandato se dá em função da pressão popular.

CPMF no Senado

Sobre a aprovação da CPMF no Senado, Dias disse acreditar que será uma "batalha". "O governo fará de tudo para aprovar a prorrogação desta contribuição, mas a oposição tem o dever de fazer tudo também para derrotar o governo", disse o tucano.

Álvaro Dias destacou que a oposição no Senado deverá rejeitar qualquer tipo de negociação com o governo. "Na verdade, essa história de compensação morreu na Câmara dos Deputados, porque o governo foi intransigente", considerou. O tucano disse que seu partido é contra a prorrogação da medida e irá trabalhar para rejeitá-la. "A solução é acabar com a CPMF, até mesmo porque o governo está com excesso de receita", disse.

Para o senador do PSDB, a tramitação da CPMF na Casa representa a grande oportunidade de se eliminar este tributo. "Nesses anos foram confiscados R$ 258 bilhões do povo brasileiro. A CPMF é um imposto perverso e, por isso, tem de acabar".




Fonte: AE

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