Benefício deve atingir entre 10 a 15% dos reeducandos do CRC. Secretário anunciou substiuição de empresa que fornece alimentação.
Justiça faz mutirão para revisar pena de mil detentos em cadeia de Cuiabá

Detentos que cumprem pena no Centro de Ressocialização de Cuiabá (antigo Carumbé), passaram pelo Mutirão Ampliado de Revisão Penal, a partir desta segunda-feira (13) até sexta-feira (17). O objetivo do mutirão, uma parceria com o poder judiciário, é verificar a situação das penas dos reeducandos e fazer a revisão ou a progressão da pena quando necessário. Outras unidades prisionais de Cuiabá já passaram pelo projeto.


 

De acordo com o secretário de Justiça e Direitos Humanos, Luiz Antônio Possas de Carvalho, a ideia principal é humanizar o sistema carcerário e melhorar as unidades em Mato Grosso. Durante a semana, pouco mais de mil presos devem ter a pena revisada durante o projeto. Conforme o Tribunal de Justiça, o CRC tem capacidade para apenas 470 detentos.


 

Segundo o secretário, o benefício deve atingir entre 10 a 15% dos reeducandos no estado. "Essa revisão começou para rever a situação de 12 mil reeeducandos de Mato Grosso e irá para as demais comarcas do estado", disse.


 

Conforme o secretário, quatro novas unidades prisionais devem ser inauguradas em 12 meses em Cuiabá, Alta Floresta , Cácerese Barra do Garças. No primeiro mutirão, feito em fevereiro deste ano na Penitenciária Central do Estado (Antigo Pascoal Ramos), os detentos e agentes penitenciários reclamaram da comida fornecida na unidade, além de queixas sobre a superlotação e a demora no cálculo de pena dos reeducandos.


 

Sobre esse caso, Possas anunciou em até 40 dias a rescisão contratual com a empresa que fornece a alimentação para os detentos, além da contratação de uma nova empresa. O segundo mutirão deve ocorrer entre os dias 10 e 21 de junho, na PCE para analisadas a situação dos três mil detentos. Em todo o Estado serão revistas as situações de 9.563 reeducandos.