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Politica Brasil
Sexta - 05 de Outubro de 2007 às 18:36

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A decisão de perda de mandato por infidelidade partidária acatada ontem pelo Supremo Tribunal Federal (STF), provocou rebuliço durante toda a sexta-feira. Entretanto, o deputado federal Homero Pereira (PR) era o que mais comemorava. Seguro de seu cargo (ele mudou do PPS para o PR muito antes de 27 de março), comentou que em sua visão, o mandato não é nem do partido e muito menos do político. “O mandato é do povo mais do que de qualquer um. O povo que escolhe quem vai responder por ele. Nossa obrigação é atender às expectativas de nossos eleitores”.

Para ele, as pessoas votam no político, não no partido. “Muitos políticos não tem o perfil do partido que são filiados. As pessoas percebem isso. Para quem votou em mim quando eu estava no PPS, o partido era esquizofrênico. Quem vota, vota no político, não no partido.” Homero acredita que a perda ou não do mandato pode ser longa. “Vai demorar no mínimo até o fim do mandato”.

Já o advogado José Luis Blaszak diz que o procedimento não será imediato, mas não deve demorar. Ele ressaltou ainda que o político deve preparar seu discurso, pois se disser que saiu por idéias divergentes às do partido, pode correr o risco de ficar sem o cargo.“Talvez isso tudo dure seis meses para ser resolvido, mas eu tenho certeza que os juízes eleitorais, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) não vão engolir essa conversa fácil não”.

Homero disse que a falta de democracia no Brasil pesa na hora das decisões serem tomadas. “Democracia no país, só acatando o Supremo. Vai começar uma reforma política que o Congresso Nacional já deveria ter começado. Quem faz as leis está sendo o Poder Judiciário. Isso não pode acontecer”.

O deputado acredita que este primeiro passo vai mudar a história. “Foi um avanço. Agora o Congresso vai se mexer. Por bem, ou por mal”.





Fonte: Olhar Direto

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