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Politica Brasil
Sexta - 05 de Outubro de 2007 às 09:50
Por: Valdemir Roberto

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O deputado Walter Rabello (PP) deverá ser a principal vítima da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a fidelidade partidária. Peemedebistas comemoraram muito a decisão que pune todos aqueles políticos com mandato eletivo que trocaram de partido a partir de 27 de março deste ano – data em que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu que os donos dos mandatos eram as agremiações. Mais que isso: os festejos chegaram aos tucanos, que vêem, desde já a possibilidade de “alijar” - ou, na pior das hipóteses, enfraquecer - um nome de peso da disputa eleitoral do ano que vem.

“Eu não tenho dúvidas de que Carlos Bezerra vai pedir a vaga de Rabello” – disse uma alta fonte do PSDB. Licenciado do cargo de deputado federal, o presidente do PMDB não se pronunciou ainda sobre o assunto. Evidentemente, como sempre o faz, pretende “jogar” para a platéia, remetendo a decisão para o colegiado da sigla, que, em verdade, mantém sob controle firme.

Ao mesmo tempo que se alegra com a possibilidade de o deputado-apresentador ser “tocado” fora da disputa do ano que vem – porque dificilmente conseguiria se sustentar apenas como apresentador de televisão – tucanos vêem recrudescida a possibilidade de o deputado Guilherme Maluf ter sepultado seu projeto de ser o vice de Wilson Santos. Em tese. Logo após a decisão, tucanos admitiam que Malulf será o vice de Santos com ou sem mandato – o que significa uma questão de dar e receber “garantias” políticas. Maluf atualmente está afastado das funções de deputado, ocupando o cargo de secretário de Saúde do Município.

Por outro lado, o PSDB, controlado agora por Santos, poderia simplesmente fazer “vistas grossas” e deixar que Maluf siga deputado estadual, mas com a vaga sendo ocupada por um tucano, como é atualmente, com Carlos Avalone – que, à rigor, não integra o grupo mais restrito ligado ao prefeito. É outras questão de garantias políticas.

Todavia, o “alvo” é mesmo Walter Rabello. Mais que deixar o PMDB, o deputado – que vive um certo “inferno astral” – acabou fazendo verdadeiros inimigos na sigla. Como revelar publicamente a “manobra” da direção do ex-partido ao alinhar-se com o PSDB para a disputa do ano que vêm, o que significaria que sua pretensa candidatura a prefeito de Cuiabá havia sido “vendida” por Bezerra e aliados. O tom dos ataques de Rabello deixaram também insatisfeitos colegas de bancada e ainda o vice-governador Silval Barbosa, que criticou a língua solta do político.





Fonte: 24 Horas News

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