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Economia
Quarta - 03 de Outubro de 2007 às 11:28
Por: Lana Motta/Sabrina Gahyva

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Cuiabá/MT - Representantes dos quatro cantos do Brasil participam do Seminário Internacional de Comércio Justo e Solidário promovido pelo Sebrae-MT em Cuiabá. Apresentando arte e gastronomia produzidos a partir de matérias-primas e ingredientes especiais como o respeito ao meio ambiente, inserção social e o desenvolvimento sustentável, o evento conta com a participação de expositores, pesquisadores, empresários, organizadores de eventos e palestrantes dos Estados de São Paulo, Pernambuco, Bahia, Minas Gerais e Rio de Janeiro, além de representantes internacionais de países como Holanda, Estados Unidos, Peru, Equador e França. Os visitantes podem aguçar os sentidos e envolver-se com o resultado de um novo sistema de organização comercial - conceituado como Comércio Justo -, apresentado no seminário. Tocar as mantas de puro algodão coloridas manualmente pelos artesãos de Rondonópolis, experimentar colares de semente expostos na prateleira de biojóias ou trocar experiências com artesãos de outros estados, é praticamente inevitável. Fania é artesã sul mato-grossense e apaixonou-se pelo trabalho das Mulheres de Fibra, de Nova Olímpia (MT). O núcleo utiliza bagaço de cana para fazer papel. Depois, dão a ele forma de flor, caixas, sacolas e lanternas. "Elas fazem caixinha de fibra, acho que ficarão lindas para embalara o trabalho que faço. Já estamos negociando", anima-se.

Além de seu trabalho, ela está representando outros dois núcleos de produção de Mato Grosso do Sul. Do Centro de Desenvolvimento Artesanal de Caarapó (CDAC), do município de Caarapó, vieram tapetes, mantas e ponchos feitos de lã e linho. Da Associação de Artesanato de Mato Grosso do Sul (ARTEMS), vieram bolsas de chita com tucanos e araras multicoloridas bordadas e biojóias que mesclam na mesma peça sementes, couro e chifre de boi.

De autoria da própria artesã, pratos, xícaras, mandalas e luminárias feitas de barro estampam a iconografia sul-mato-grossense e a cultura indígena. A coloração de cada souvenir é manipulada pela própria artesã. "Ao invés de utilizar tinta convencional, eu mesma fabrico os pigmentos. Uso óxido de ferro, argila de coloração diferente e terra de cupim para pintar as peças", explica Fania que há 18 anos modela o barro. Pela primeira vez em Cuiabá, ela conta que as expectativas para o desenvolvimento do evento são grandes, "com a ajuda do Sebrae, já levei meu trabalho para Curitiba, São Paulo e Goiânia. Participar de um seminário como este só engrandece nosso trabalho", finaliza. O Seminário Internacional de Comércio Justo e Solidário termina hoje, 03, no Centro de Eventos do Pantanal em Cuiabá.





Fonte: Sebrae

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