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Meio Ambiente
Segunda - 01 de Outubro de 2007 às 18:07

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Uma portaria do Governo do Estado de Mato Grosso, publicada nesta segunda-feira (01.10), determina a proibição de queimadas no Estado até o dia 15 de outubro, quando há previsão de chuvas. A liberação das queimadas deveria ter ocorrido no dia 15 de setembro (prazo normal), o período sofreu uma primeira prorrogação de 10 dias, ocasionado pela estiagem das chuvas, baixa umidade do ar e os efeitos negativos no clima provocados pelas queimadas ilegais.

O período proibitivo das queimadas, de 15 de julho a 15 de setembro, é definido pela Lei Complementar 233, de 21 de dezembro de 2005, que dispõe sobre a Política Florestal do Estado de Mato Grosso e dá outras providências. A Lei prevê que dependendo das condições climáticas, o órgão ambiental estadual poderá antecipar ou prorrogar o período de restrição ao uso do fogo.

Houve uma rápida liberação no Estado de 25 a 30 de setembro, mas como as chuvas não corresponderam à previsão e aumentou muito o número dos focos de queimadas com a liberação foi necessária uma intervenção da Secretaria de Meio Ambiente proibindo as queimadas. No período de proibição a média diária era de 400 focos, até o dia 24 de setembro, subindo já no dia 26 para 1.500 focos.

Um dos casos mais graves registrados em Mato Grosso no período, e que contribuiu para piorar drasticamente o clima, foi o incêndio no Parque Nacional de Chapada dos Guimarães, que durou 12 dias e destruiu 6.137 hectares dentro da área, além de 10.410 hectares fora do perímetro de preservação.

De acordo com a previsão meteorológica deve começar a chover regularmente em Mato Grosso a partir do dia 15 deste mês, podendo haver pancadas de chuvas esparsas no próximo dia seis. Conforme o superintendente da Defesa Civil de Mato Grosso, major Abadio da Cunha, caso a estiagem das chuvas permaneça e as previsões não se concretizem poderá haver uma prorrogação nesse prazo de proibição.

A fiscalização foi intensificada, além do satélite, com fiscais da Sema que estão atuando no Interior do Estado. Mas os gestores públicos pedem a colaboração da população no combate ao fogo. “ Somente com o apoio dos populares da região é que poderemos combater o uso ilegal e indiscriminado do fogo,” comentou o major Abadio da Cunha.

O índice da umidade relativa do ar em Cuiabá registrado nesta segunda-feira está em 16%, o índice mais baixo chegou a 12%. O nível recomendável é acima de 30%.

Esse foi o principal fator para a publicação da nova portaria, reforçado pelo resultado preocupante de um estudo feito no centro de Cuiabá, no período de 18 a 23 de setembro, que aponta uma piora na qualidade do ar.

As queimadas, emissão de gases dos veículos, baixa umidade, estiagem prolongada, falta de ventos e condição geográfica são apontados como os vilões na atual situação climática.





Fonte: 24 Horas News

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