Repórter News - www.reporternews.com.br
Cidades/Geral
Quinta - 20 de Setembro de 2007 às 18:01

    Imprimir


A segunda audiência de conciliação entre a Empresa de Correios e Telégrafos (ECT) e os trabalhadores em greve aconteceu hoje (20), no Tribunal Superior do Trabalho (TST). No encontro, a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas dos Correios e Telégrafos e Similares (Fentect) pediu o adiamento da reunião. A Fentect alega que não pode tomar nenhuma decisão antes do término das assembléias que acontecem em todo o país. O pedido foi acatado e a nova audiência será realizada amanhã (21), às 10 horas.

Ontem (19), em reunião com o comando de negociação da greve, a ECT apresentou uma nova proposta a fim de por fim a greve. A reunião aconteceu depois da primeira audiência no TST entre as partes. Assembléias foram marcadas em todos os sindicatos para a tarde desta quinta-feira. Mas, hoje, a empresa retirou a proposta. Segundo o presidente dos Correios, Carlos Henrique Almeida Custódio, o fato de algumas assembléias terem sido marcadas em horário posterior ao da segunda audiência, mostrou falta de interesse dos grevistas.

Entretanto, o ministro Milton Moura França, vice-presidente do TST, apresentou a mesma proposta na audiência, com objetivo de por fim a greve que já dura uma semana. A proposta prevê um reajuste de 3,74% mais abono de R$ 500, além da não reposição dos dias de paralisação, desde que as entregas em atraso cheguem ao destino ainda este mês.

Em entrevista à Agência Brasil, o ministro Mauro Moura França explica que caso não haja acordo entre as partes na audiência de amanhã, o processo será remetido ao Ministério Público, por meio de um ministro-relator, que vai colocar o processo em sessão de julgamento. Mas, segundo o ministro, esse não é o objetivo. “Ambos [ECT e trabalhadores] são responsáveis perante a sociedade, e devem chegar a um bom termo. O não-entendimento só traz repercussões negativas à sociedade”, disse.

Ele também ressaltou que o processo está sendo tratado com a maior urgência possível e que a greve pode ter um fim amanhã. Segundo ele, a paralisação não é de interessa de ninguém. “A sociedade está refém da greve, o interesse público está sendo prejudicado. Trata-se de uma atividade essencial a todos nós”, disse.

A pauta de reivindicações da Federação Nacional dos Empregados em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect) pedia reposição salarial de 47,77%, relativa a perdas desde 1994, além de um aumento real de R$ 200, adicional de periculosidade.





Fonte: ABr

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://www.reporternews.com.br/noticia/206464/visualizar/