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Economia
Quinta - 20 de Setembro de 2007 às 15:57

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Apesar de contrário à CPMF, o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), deputado Armando Monteiro (PTB-PE), afirmou hoje que não duvida "da capacidade do governo em aprovar a prorrogação no Senado". Ele apresentou a pesquisa CNI/Ibope de setembro apontando que 54% dos entrevistados são contra o tributo.

A pesquisa estimulada mostrou que 12% concordam com a renovação da CPMF a uma alíquota inferior aos 0,38% atuais; outros 12% querem extinção gradativa, e 5% aprovam a prorrogação do jeito que está. "Há um cansaço dessa questão tributária no Brasil", avaliou Monteiro, "e esses dados mostram que a sociedade está no limite da tolerância com a elevada carga tributária".

Mesmo sendo da base aliada do governo, ele disse que foi um dos 117 votos contra a prorrogação da CPMF ontem, na Câmara, quando o governo obteve 338 votos para aprovação, em primeiro turno, da proposta de emenda constitucional que prorroga o tributo até 2011, com alíquota de 0,38%. O presidente da CNI queria a redução da CPMF para 0,20% a partir de 2008 e sua extinção em quatro anos.

Ele criticou "o discurso enviesado" do governo e sua base no Congresso, que defendem a prorrogação da CPMF para não comprometer o equilíbrio fiscal. Para o presidente da CNI, este seria o momento de acabar com a CPMF, pois a indicação de crescimento econômico de 5% em 2008 levaria a um aumento real de 7,8% na arrecadação de impostos federais. "Isso representará R$ 56 bilhões em receita adicional", disse ele, o que seria suficiente para cobrir a receita esperada de R$ 39 bilhões com a CPMF.

"O governo terá um colchão, uma boa margem para amortecer a falta da CPMF em 2008, podendo, de forma definitiva, reduzir gastos correntes que tem crescido nos últimos 12 anos", disse Monteiro. Segundo ele, cabe à sociedade forçar a redução de despesas públicas, "pois não há governo que adote postura de auto-contenção no que se refere a gastos."





Fonte: Valor Econômico

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