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Politica Brasil
Quinta - 20 de Setembro de 2007 às 07:15
Por: Juliana Scardua

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O governador Blairo Maggi (PR) se reúne hoje com deputados estaduais para discutir a proposta de renegociação da dívida pública de Mato Grosso. O objetivo é amainar as críticas de oposicionistas na Casa. Na prática, o chefe de Estado ‘rezará’ a cartilha envolvendo as negociações, onde o sigilo é considerado chave para o fechamento de acordo com a iniciativa privada.

A audiência está marcada para 15h, no Palácio Paiaguás, logo após a chegada do governador do município de Sapezal, onde cumpre agenda oficial de inaugurações desde ontem. Os 24 deputados estaduais foram convidados. A proposta de cessão de créditos da dívida acirrou os ânimos entre oposição e governo e levantou queixas até mesmo de parlamentares governistas recentemente.

A reunião é encarada como palco para estratégia de convencimento junto ao Legislativo. O episódio na Assembléia culminou no pedido de convocação do presidente da MT Fomento, Éder Moraes, para prestar esclarecimentos sobre o caminhar dos contatos junto a investidores, em audiência que ocorreria na terça-feira. O membro do staff foi designado por Maggi para alinhavar as conversações junto a bancos privados. Aparentemente numa manobra do governo, a convocação foi suprimida pela reunião na sede do Executivo.

A metralhadora de críticas direcionadas pela oposição sobre o tema não surpreende na avaliação do vice-líder do governo na Assembléia, deputado Alexandre Cesar (PT). “Isso é papel da oposição mesmo”, afirma. Em defesa ao Executivo, o parlamentar encara como natural a restrição na divulgação das informações na atual fase em que as negociações se encontram.

Ele afirma que a abertura desses dados ocorrerá somente no momento oportuno, após o governo Maggi ter concluído a formatação da proposta de privatização da dívida. “Todos sabemos que uma negociação com o mercado privado é algo delicado. É como uma negociação no movimento sindical: você tem uma pauta de 10 itens e por algum detalhe tudo pode desandar. Afora isso, não cabe ao Poder Legislativo governar o Estado. Cabe a ele é fiscalizar”, sentencia Cesar.

O tema suscita dúvidas entre membros da base de sustentação. Para o deputado Dilceu Dal’Bosco, líder da bancada do Democratas, é necessário obter informações por parte do Executivo para que os parlamentares possam fazer seu juízo de valor sobre a proposta costurada pelo Executivo.

“Sei o que já foi veiculado pela imprensa, envolvendo essa fórmula de juros mais baixos, alongamento do prazo de pagamento e a sobra de recursos para investimento em infra-estrutura. Se assim for, teoricamente, é quase um milagre e algo muito bom ao Estado. Mas é preciso analisar tudo isso e saber como funcionará essa engenharia financeira”, pondera o parlamentar.





Fonte: Diário de Cuiabá

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