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Internacional
Terça - 18 de Setembro de 2007 às 20:12

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Teerã, 18 set (EFE).- As autoridades do Irã permitiram à jornalista irano-americana Parinaz Azima deixar o país após permanecer retida desde janeiro último sob a acusação de atentar contra a segurança nacional, informou hoje a agência de notícias "Fars".

Azima, locutora da "Rádio Fardo", versão persa da emissora "Rádio Free Europe", saiu hoje do Irã rumo à República Tcheca, onde tem residência, após pagar fiança de cerca de US$ 550 mil.

A jornalista viajou em 25 de janeiro último para o Irã, onde as autoridades confiscaram seu passaporte sob a acusação de tentar atentar contra a segurança nacional com a divulgação de mentiras por meio de sua emissora e instigar "uma revolução de veludo" contra o regime de Teerã, acrescentou a "Fars".

A agência explicou que, embora Azima não tenha saído do país ao longo de todo esse tempo, "tecnicamente" permaneceu em liberdade no território persa.

Restam ainda dois cidadãos irano-americanos retidos no Irã: o empresário Ali Shakeri e o sociólogo Kian Tajbakhsh, do Instituto Soros - fundado pelo investidor milionário George Soros -, também acusado de supostamente tentar atentar contra a segurança nacional, segundo a "Fars".

As autoridades iranianas já anunciaram a libertação e saída do país de Tajbakhsh, retido desde maio passado, e ainda não se pronunciaram sobre o caso de Shakeri, que consideram diferente dos demais.

A acadêmica Haleh Esfandiari, diretora do programa para o Oriente Médio do Centro Internacional para Acadêmicos Woodrow Wilson, deixou há duas semanas o Irã após ser liberada em 21 de agosto por meio de pagamento de fiança de US$ 333 mil.

Tanto Esfandiari como Tajbakhsh apareceram recentemente em um documentário na televisão iraniana no qual confessavam fazer parte de uma conspiração, promovida pelos EUA, para encorajar uma revolução pacífica contra o regime iraniano.

Em junho, o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, pediu a libertação "imediata e incondicional" dos retidos.

Teerã considerou na ocasião a atitude americana uma "ingerência nos assuntos internos do Irã".




Fonte: EFE

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