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Meio Ambiente
Segunda - 17 de Setembro de 2007 às 19:05

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Desde 2004, a Central Única dos Trabalhadores iniciou as discussões sobre o impacto do desenvolvimento nos estados que compõem a região amazônica. A entidade criou a Comissão Nacional da Amazônia, em parceria com a DGB (Central Sindical Alemã), e deu início aos seminários nesses locais. No Pará e Maranhão, a CUT vem discutindo a cadeia produtiva do alumínio; em Manaus, a zona franca; e em Mato Grosso, Tocantins e Rondônia, os temas são agricultura familiar e impactos ambientais na Amazônia Legal.

O diretor executivo da CUT e um dos coordenadores da Comissão Nacional da Amazônia, Rogério Pantoja, participou do seminário sobre o impacto do plantio da soja, realizado em Cuiabá, neste fim de semana, 15 e 16/9. “A idéia é discutir com vários parceiros, movimentos indígenas, trabalhadores, empresários e governo sobre os impactos do desenvolvimento nessas regiões. Assim como a relação entre as grandes produtoras, o lugar onde elas estão e o papel da sociedade nesse processo”, explica.

A CUT pretende dialogar sobre as contradições existentes nesses locais. “O Estado de Mato Grosso é um grande produtor de soja, mas ao mesmo tempo muitas pessoas não têm o que comer. As pessoas vendem a falsa idéia que plantar soja vai desenvolver o Estado. No Pará, está instalada a Usina de Tucuruí, uma das maiores do país em potência, e lá metade do Estado vive no escuro. A Amazônia é a maior reserva de água potável do mundo, mas a maioria da população não tem saneamento”, relata.

Segundo Pantoja, a Amazônia não deve ser tratada como coitada, a região tem que ter um tratamento diferenciado. “Hoje existe uma biopirataria enorme na Região que deve ser resolvida. Não é por acaso que mais de 70% dos investimentos do PAC são destinados para a Amazônia”, relata.

Com os seminários, a CUT espera dar um pontapé para se pensar políticas alternativas para a Amazônia. “Não queremos ser contra o desenvolvimento, mas acredito que temos que achar um meio termo para que nossas idéias sejam implementadas. Queremos unir os debates coletivos, respeitando as especificidades de cada um. Queremos ver o que nos une e construir fóruns, englobando cada vez mais o público externo”, finaliza Pantoja.





Fonte: Assessoria

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