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Polícia Brasil
Segunda - 17 de Setembro de 2007 às 15:13

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Em pouco mais de oito meses a Polícia Rodoviária Federal no estado de Mato Grosso apreendeu mais de uma tonelada de drogas. Os números surpreendem: são 29,21 Kg de maconha, 87,31 Kg de cocaína e 925,63 Kg de pasta base de cocaína, totalizando 1.042,15 Kg de entorpecentes. Considerando que cada quilo de pasta base pode render até cinco quilos de cocaína, esse número pode saltar para 4,5 toneladas de drogas que deixaram de circular. Para se ter uma idéia, em todo o ano de 2006 foram apreendidos pela PRF no estado de Mato Grosso, 726 Kg de drogas.

Em fundos falsos na lataria do veículo, tanques de combustível, bancos, garrafas "PET", presas ao corpo e até no estômago ingeridas em forma de cápsulas, enfim, são muitas as maneiras para driblar a fiscalização da Polícia Rodoviária Federal e transportar a droga.

Os "mulas", como são chamados os que são pagos para levar a droga aos grandes centros, geralmente são pessoas de baixa escolaridade, baixa renda e oriundos de famílias desestruturadas. A falta de dinheiro aliada à baixa formação escolar e sem uma boa estrutura familiar, facilita o aliciamento a essas pessoas pelos grandes traficantes.

O valor pago para os "mulas" varia de acordo com a quantidade e o local para onde a droga é levada. Esse valor oscila entre R$ 500 e R$ 5 mil. Mato Grosso é rota no transporte da droga para os grandes centros do país. Vinda principalmente da Bolívia, a droga segue o seu caminho principalmente pela BR 070 (Cáceres - Cuiabá - Primavera do Leste) e BR 364 (Cuiabá - Rondonópolis) para cidades como Rio de Janeiro, São Paulo, Goiania, Belo Horizonte, Brasília, Recife, Curitiba e Porto Alegre.

O trabalho ostensivo dos policiais rodoviários federais é refletido também no número de pessoas detidas. Só este ano, 612 pessoas foram detidas nas rodovias federais que cortam o estado.

Mas isso não é o bastante: sem um trabalho de base de incentivo à educação e a consequente melhoria na qualidade de vida, os números continuarão a crescer. Na outra ponta, sem um trabalho de base no que diz respeito à educação e à estruturação familiar, teremos mais jovens utilizando entorpecentes, ou seja, enquanto houver mercado consumidor, haverá também mercado fornecedor.





Fonte: 24 Horas News

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