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Justiça austríaca solta um dos três supostos terroristas detidos
Viena, 15 set (EFE).- As autoridades austríacas puseram em liberdade um dos três detidos por suposta relação com a filmagem e divulgação pela internet de um vídeo no qual a rede terrorista Al Qaeda ameaçava promover atentados na Espanha, Alemanha e Áustria, em represália contra a presença militar dos três países no Afeganistão.
Um porta-voz da Justiça austríaca explicou que um juiz decretou ontem à noite a prisão preventiva dos outros dois detidos, um homem de 22 anos e sua mulher, de 20. O casal é acusado de pertencer a uma associação terrorista. O marido também enfrenta a acusação de coação ao Estado.
Segundo as leis da Áustria, se for confirmada a suspeita, os dois podem ser condenados a penas de um a 10 anos de prisão.
O terceiro detido, um homem de 26 anos, foi posto em liberdade "por falta de provas" que justifiquem sua detenção, segundo a fonte.
Os três austríacos são de origem árabe, filhos de imigrantes, e estão desempregados. Eles foram detidos na quarta-feira, em Viena. No dia seguinte foi detido no Canadá outro suspeito, um imigrante marroquino de 35 anos ligado ao caso.
O porta-voz do Ministério do Interior, Rudolf Gollia, informou hoje que, por enquanto, não se prevê a extradição à Áustria do suspeito detido no Canadá. Ele "permanecerá sob detenção", enquanto continuam as investigações.
Segundo a televisão pública "ORF", o principal acusado na Áustria teria gravado a voz do vídeo e se encarregado de sua difusão pela internet. A sua mulher teria atuado como tradutora.
Analistas chamaram a atenção para o fato de que o vídeo comenta que o partido social-democrata (SPÖ, governante) devia retirar os soldados do Afeganistão e dedicar mais dinheiro à educação, como tinha prometido na campanha eleitoral. Isso demonstrava um conhecimento preciso da situação política do país.
O ministro do Interior disse na quarta-feira que "em nenhum momento houve uma ameaça direta contra a Áustria" e não havia indícios de que os suspeitos fossem organizar um atentado, apesar de que um deles ter se informado sobre explosivos.
Gollia explicou à Efe que o grupo não forma uma "célula terrorista" que seguia ordens da Al Qaeda. Para ele, tudo indica que eles eram uma "franquia" da rede terrorista, que atuava por conta própria.
O vídeo apareceu em março, com o título "Mensagens para os Governos da Alemanha e Áustria", no site "A Voz do Califado", criado pela Al Qaeda em setembro de 2005.
Na gravação aparece um homem encapuzado lendo um comunicado em que aconselha o Governo austríaco a "não seguir o exemplo do Governo socialista na Espanha, que enganou o seu povo ao retirar as tropas do Iraque e enviar outros 600 soldados ao Afeganistão".
"Os países do Islã são uma mesma nação, e o envio de tropas ao Afeganistão põe em perigo outra vez o país", avisa o homem mascarado. Ele também acusa o Governo alemão de "enganar o povo" e de "seguir as mentiras" do presidente dos Estados Unidos, George W. Bush.
"Devem saber que enfrentarão o mesmo destino que o país com o qual se aliaram", diz o homem mascarado. Ele aconselha que a Alemanha "retire as suas tropas dos países do Islã e deixe de apoiar Bush e seu grupo".
A mensagem afirma ainda que os soldados austríacos "não constituem nenhuma ameaça para os 'Mujahedin' (combatentes islâmicos) no Afeganistão, mas representam um importante apoio a Bush".
Um porta-voz da Justiça austríaca explicou que um juiz decretou ontem à noite a prisão preventiva dos outros dois detidos, um homem de 22 anos e sua mulher, de 20. O casal é acusado de pertencer a uma associação terrorista. O marido também enfrenta a acusação de coação ao Estado.
Segundo as leis da Áustria, se for confirmada a suspeita, os dois podem ser condenados a penas de um a 10 anos de prisão.
O terceiro detido, um homem de 26 anos, foi posto em liberdade "por falta de provas" que justifiquem sua detenção, segundo a fonte.
Os três austríacos são de origem árabe, filhos de imigrantes, e estão desempregados. Eles foram detidos na quarta-feira, em Viena. No dia seguinte foi detido no Canadá outro suspeito, um imigrante marroquino de 35 anos ligado ao caso.
O porta-voz do Ministério do Interior, Rudolf Gollia, informou hoje que, por enquanto, não se prevê a extradição à Áustria do suspeito detido no Canadá. Ele "permanecerá sob detenção", enquanto continuam as investigações.
Segundo a televisão pública "ORF", o principal acusado na Áustria teria gravado a voz do vídeo e se encarregado de sua difusão pela internet. A sua mulher teria atuado como tradutora.
Analistas chamaram a atenção para o fato de que o vídeo comenta que o partido social-democrata (SPÖ, governante) devia retirar os soldados do Afeganistão e dedicar mais dinheiro à educação, como tinha prometido na campanha eleitoral. Isso demonstrava um conhecimento preciso da situação política do país.
O ministro do Interior disse na quarta-feira que "em nenhum momento houve uma ameaça direta contra a Áustria" e não havia indícios de que os suspeitos fossem organizar um atentado, apesar de que um deles ter se informado sobre explosivos.
Gollia explicou à Efe que o grupo não forma uma "célula terrorista" que seguia ordens da Al Qaeda. Para ele, tudo indica que eles eram uma "franquia" da rede terrorista, que atuava por conta própria.
O vídeo apareceu em março, com o título "Mensagens para os Governos da Alemanha e Áustria", no site "A Voz do Califado", criado pela Al Qaeda em setembro de 2005.
Na gravação aparece um homem encapuzado lendo um comunicado em que aconselha o Governo austríaco a "não seguir o exemplo do Governo socialista na Espanha, que enganou o seu povo ao retirar as tropas do Iraque e enviar outros 600 soldados ao Afeganistão".
"Os países do Islã são uma mesma nação, e o envio de tropas ao Afeganistão põe em perigo outra vez o país", avisa o homem mascarado. Ele também acusa o Governo alemão de "enganar o povo" e de "seguir as mentiras" do presidente dos Estados Unidos, George W. Bush.
"Devem saber que enfrentarão o mesmo destino que o país com o qual se aliaram", diz o homem mascarado. Ele aconselha que a Alemanha "retire as suas tropas dos países do Islã e deixe de apoiar Bush e seu grupo".
A mensagem afirma ainda que os soldados austríacos "não constituem nenhuma ameaça para os 'Mujahedin' (combatentes islâmicos) no Afeganistão, mas representam um importante apoio a Bush".
Fonte:
EFE
URL Fonte: https://www.reporternews.com.br/noticia/207049/visualizar/

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