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Politica Brasil
Sexta - 14 de Setembro de 2007 às 13:32
Por: Catarine Piccioni

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Presidente nacional do PTB e autor das denúncias do mensalão, o ex-deputado federal Roberto Jefferson (RJ) reconheceu nesta sexta-feira que o suposto envolvimento do ex-deputado Ricarte de Freitas (foto) -- que presidia o partido em Mato Grosso -- com a máfia das ambulâncias provocou desgaste à sigla.

“Sem dúvida, foi ruim, assim como a política que criei no PTB. Uma idéia desastrosa foi receber deputados federais (de outras legendas) e automaticamente colocá-los nas presidências regionais. Eles acabaram investindo em suas próprias reeleições”, avaliou Jefferson, lembrando que o mato-grossense migrou para o partido em 2002 após deixar o PSDB.

"Elegemos 31 deputados federais, crescemos para 55, recebendo oito do PSDB, gente que nem tinha identidade com o nosso partido. Ele (Freitas) não sabia construir um partido e nem conseguiu fazê-lo”, criticou.

Ricarte de Freitas responde a processo por corrupção passiva, formação de quadrilha e fraude em licitação. Apontado como um dos chefes da máfia das ambulâncias, o empresário Luiz Antônio Vedoin afirmou ter acertado com Freitas o pagamento de comissão de 10% do valor de cada emenda de sua autoria que fosse apresentada ao Orçamento da União e executada por meio de empresas do esquema dos sanguessugas, entre outros “benefícios”.

Ele não conseguiu se reeleger em 2006 e nem ser nomeado chefe do escritório de representação do governo de Mato Grosso em Brasília (DF). Residindo na capital federal, o ex-parlamentar, que nega as acusações, acabou se afastando do partido e não ocupa nenhum posto na Executiva.

“Acaba-se fazendo qualquer negócio, como o dos sanguessugas, para pagar as eleições”, comentou Jefferson, ao defender a reforma política, especialmente a mudança no financiamento de campanhas.

Osvaldo Sobrinho (ex-secretário-adjunto de Estado de Educação) assumiu a presidência do partido em Mato Grosso. Caso o nome de Luiz Antonio Pagot seja aprovado pelo Senado para o comando da diretoria-geral do Dnit (Departamento Nacional de Infra-Estrutura dos Transportes), Sobrinho deve assessorá-lo no órgão.





Fonte: Olhar Direto

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