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Politica Brasil
Sexta - 14 de Setembro de 2007 às 07:50
Por: Thaís Raeli

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Observando passos de líderes republicanos, José Riva e Percival Muniz aconselharam o presidente da AL, Sérgio Ricardo, a procurar nova sigla

Depois do deputado Roberto França, sem partido, ontem, mais dois parlamentares disseram não acreditar na candidatura à Prefeitura de Cuiabá do presidente da Assembléia Legislativa, deputado Sérgio Ricardo, pelo Partido da República. Os deputados Percival Muniz (PPS) e José Riva (PP) tiveram o discurso motivado pela mudança do deputado Walter Rabello do PMDB para o PP.

Para a dupla, Sérgio tem que seguir o mesmo exemplo de Walter antes que seja tarde. O imbróglio se fundamenta na mesma motivação de Rabello, pois se ouve que nos bastidores do PR, segundo os deputados, as articulações são contrárias ao projeto anunciado e existe uma tendência de apoio ao chefe do Executivo da Capital, Wilson Santos (PSDB).

Sérgio Ricardo não acredita que sua candidatura esteja sendo “cozida” na sigla. Na semana passada, o ex-membro do PR, deputado Roberto França (sem partido), fez a mesma avaliação. Ele havia antecipado que as eleições municipais de 2008 têm um quadro político muito diferente do que se apresenta. Ontem, França apontou a primeira grande transformação com a despedida de Rabello do PMDB.

Ex-prefeito de Cuiabá por dois mandatos, ele acredita que o próximo pleito será uma grande surpresa e que algumas agremiações estarão unidas, mesmo que nunca tenham composto o mesmo arco de aliança.

Riva analisa que o casamento do PR com o PT não está garantido, apesar das legendas anunciarem que estabeleceu conversas para as eleições municipais de 2008. Para o parlamentar, o PT tem muitos nomes para encabeçar a chapa e apontou que o deputado federal, Carlos Abicalil (PT), pode aparecer nessa disputa. “Abicalil está quietinho estrategicamente”.

Muniz é mais severo nas críticas e se refere à forma centralizadora que o governador Blairo Maggi, presidente regional do PR, e o ex-secretário de Estado Luiz Antonio Pagot conduzem a agremiação. “Sérgio está errado porque foi para o PR, sem nenhuma garantia de que será candidato. Ele não tem autonomia e sempre pede as chaves para Blairo e para Pagot, não tem nenhuma segurança. Eu disse isso para ele”.

O líder socialista aconselhou que a melhor atitude para o presidente da Assembléia seria seguir os passos de Walter Rabello e procurar um partido no qual teria mais certeza de concorrer à sucessão na Capital. Ele citou: PPS, PTB ou DEM, como algumas das opções. Além de Abicalil, Muniz lembrou de um possível “plano B”, isso porque Maggi chegou a pedir que seus aliados procurassem o empresário Mauro Mendes para filiá-lo no PR. Seria um dos "reservas" para a corrida à sucessão do prefeito Wilson Santos (PSDB).

Segundo Percival, o ingresso de Walter no PP “estava escrito nas estrelas”. Ele atribuiu a troca ao fato da campanha para prefeito não custar pouco e é natural que o deputado procure mais segurança. “Ele amarrou o caminho no lugar certo. Não tem muito que estranhar”.





Fonte: Diário de Cuiabá

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