Colômbia descarta encontro entre Chávez e Farc na selva

BOGOTÁ - O governo da Colômbia rejeitou nesta segunda-feira uma sugestão do presidente Hugo Chávez para que o líder venezuelano se encontre com líderes guerrilheiros em um esconderijo na selva como parte de seu esforço para mediar um acordo de libertação de reféns dos rebeldes.

No mês passado, o presidente da Venezuela se voluntariou para ajudar como mediador e tentar quebrar um impasse entre o presidente conservador Alvaro Uribe e a guerrilha de esquerda Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) sobre um acordo de libertação de reféns presos há anos em campos secretos na selva.

Chávez, que se tornou o político de esquerda mais visível da América Latina, havia dito que se encontraria com um representante das Farc na Venezuela, mas sugeriu no domingo que pode viajar para campos rebeldes dentro da selva colombiana para realizar negociações com o líder guerrilheiro Manuel Marulanda.

"O que faz parte dos trabalhos é uma reunião entre um delegado das Farc e o presidente Chávez em território venezuelano", disse a repórteres o comissário de paz Luis Carlos Restrepo.

"Nós ainda não recebemos qualquer pedido do presidente Chávez por uma reunião com as Farc na Colômbia e nem vemos isso como algo viável", acrescentou.

O conflito na Colômbia tem diminuído sob um plano de segurança do presidente Alvaro Uribe, mas ele tem ficado sob forte pressão para ajudar na libertação de reféns que são mantidos pelas Farc há anos, incluindo a ex-senadora colombiana Ingrid Betancourt --que tem nacionalidade francesa-- e três norte-americanos.