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Politica Brasil
Sábado - 08 de Setembro de 2007 às 13:02

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O deputado e empresário Otaviano Pivetta (PDT) se licencia da Assembléia e, em sua vaga, assume temporariamente, a partir de terça (11), o cartorário Erival Capistrano, de Diamantino (a 198 km de Cuiabá). O afastamento será formalizado por 121 dias, mas Pivetta pretende ficar menos tempo licenciado da atividade parlamentar.

Dono de um cartório em Diamantino, Capistrano conquistou 4,860 mil votos nas eleições do ano passado. O próximo deputado é primo de Éden Capistrano, vereador por Cuiabá que se licenciou da Câmara e hoje ocupa o cargo de secretário municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano. Quatro suplentes já assumiram cadeiras na Assembléia este ano: Alexandre Cesar (PT), Roberto França (sem partido), Wagner Ramos (PR) e Carlos Avalone (PSDB).

Presidente do PDT no Estado, Otaviano Pivetta já havia sinalizado a realização de rodízio a suplentes. A passagem mesmo que meteórica pelo Parlamento é acordo recorrente de agremiações e figura como tática para o fortalecimento da imagem política rumo a futuras candidaturas.

O ingresso de Capistrano na Assembléia Legislativa é dado como certo ante a conjuntura política peculiar dos dois primeiros suplentes. A crença nos bastidores é de que o “número 1” da lista, Carlos Brito, dificilmente abdicará do cargo de secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, de forte peso no staff estadual, em troca de uma estada breve no Legislativo.

Brito não alcançou cadeira de titular nas eleições apesar da expressiva votação no ano passado. Com 30,889 mil votos, ele foi o nono candidato mais votado nas eleições ao cargo, superando a maior parcela de deputados eleitos. Contudo, Brito sofreu na prática uma “rasteira” imposta pelo quociente eleitoral que rege a divisão de vagas aos partidos e coligações.

O segundo suplente, Wilson Kishi, pretende renunciar ao mandato na Câmara de Vereadores de Cáceres apenas no ano que vem. Ele costura candidatura à Prefeitura de Cáceres pelo PDT. Esta semana, o vereador destacou que aguardava o fechamento de acordo interno do PDT regional para alçar uma cadeira na Assembléia Legislativa. Kishi detém o quinto mandato no Legislativo municipal e conquistou 8,751 mil votos na eleição a deputado estadual.

Anteontem, Kishi observou que não havia acordo formal ou mesmo um movimento de pressão para que a proposta de rodízio de suplentes se consolidasse. “O Pivetta é uma pessoa que tem demonstrado companheirismo e já manifestou essa possibilidade de oportunidade a suplentes. Mas isso não significa um compromisso, assim como não exigi nada dele”, declarou na oportunidade.

Não há informações sobre a extensão da licença de Pivetta da Assembléia. Na semana passada, Pivetta foi indiciado pela Polícia Federal por participação no esquema que ficou conhecido como a Máfia dos Sanguessugas. Ele é acusado de fraudar duas licitações que acabaram beneficiando empresas do grupo Planam, que pertencia à família Vedoin. Ele considera arbitrário o indiciamento pela PF.

Diretor-presidente do Grupo Vanguarda, um dos gigantes do agronegócio em Mato Grosso, Pivetta viaja aos Estados Unidos neste domingo (9). Vai conhecer indústrias têxteis. Depois, em 8 de outubro, embarca para a Rússia, também a negócios. Nesse interím, ocupa sua cadeira de deputado o terceiro suplente Erival Capistrano, que teve 4.860 votos nas eleições do ano passado. Erival é irmão do ex-prefeito Darci Capistrano. Sua posse será na sessão ordinária de terça. Ele vai estrear como parlamentar porque os dois primeiros suplentes da coligação PDT/PSC abriram mão da chance de ocupar a vaga, sendo eles o secretário estadual de Justiça e Segurança Pública, Carlos Brito, que teve 30.899 votos, e o vereador cacerense de quinto mandato Wilson Kishi, que saiu das eleições de 2006 com 8.760 votos.





Fonte: O Divisor

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