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Politica Brasil
Segunda - 03 de Setembro de 2007 às 18:43

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Continua, até o dia 09 de setembro, o plebiscito popular sobre a reestatização da Companhia Vale do Rio Doce (CVRD). O Sintep organiza atividades nos municípios através das subsedes. Cerca de 70 municípios, que participaram do Conselho de Representantes, levaram material para realização do plebiscito. O sindicato enviou as cédulas de votação para as regiões que não vieram a Cuiabá.

O Sintep tem como meta atingir 30 mil votos. Por meio da parceria de entidades sindicais e movimentos sociais, a intenção é registrar 120 mil votos em Mato Grosso. Segundo a secretária geral do Sintep, Marli Keller, a apuração vai ocorrer nas subsedes e depois o sindicato analisará os dados gerais.

Nas escolas, o plebiscito proporciona a discussão e reflexão sobre o processo de privatização pelo qual passou a companhia. Os alunos se tornam aliados na propagação das indagações junto aos seus familiares. Assim, as escolas cumprem o dever de multiplicar o saber e fomentar debates.

A idéia, de acordo com o sindicato, é chamar a população para o debate em torno do assunto, que é de interesse de todo o povo brasileiro. A venda da empresa de mineração, considerada uma das maiores do mundo, vem sendo contestada há vários anos e a própria campanha teve como estopim a reabertura de mais de 60 ações populares, no ano de 2005, pelo TRF-1 de Brasília. A justiça reconheceu que havia irregularidades no leilão e que deveria ser feita uma nova perícia da avaliação da companhia. A CVRD foi vendida por R$ 3,3 bilhões, quando estimativas apontam um patrimônio estimado em quase R$ 100 bilhões.

O resultado do plebiscito, apoiado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE) e Central Única dos Trabalhadores (CUT), será levado aos três Poderes como um mecanismo de pressão popular, sobretudo para que o Executivo se manifeste a favor ou contra a nulidade da venda da companhia Vale do Rio Doce, pois a possibilidade jurídica para isso existe, de acordo com a Lei de Ação Popular.

Dados

A insatisfação do povo brasileiro frente às privatizações fica evidente em pesquisa realizada pelo Instituto GPP e divulgada pela Folha de S. Paulo, em maio de 2007, quando 50,3% dos brasileiros se mostraram favoráveis à retomada da companhia e apenas 28,2% foram contrários.

A Companhia Vale do Rio Doce foi privatizada em 1997, durante o governo Fernando Henrique Cardoso. Maior produtora de minério de ferro do mundo, com jazidas suficientes para 400 anos, a Vale possuía, antes da privatização, 15 mil funcionários e faturamento de R$ 6 bilhões/ano. No entanto, o patrimônio da companhia foi estimado em R$ 92 bilhões e foi entregue ao capital estrangeiro por apenas R$ 3,3 bilhões.





Fonte: Assessoria

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