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Terça - 07 de Maio de 2013 às 14:32
Por: LAURA NABUCO

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Secom-AL
Deputado José Riva, que foi afastado pelo TJ das funções de presidente da Assembleia Legislativa
Deputado José Riva, que foi afastado pelo TJ das funções de presidente da Assembleia Legislativa
A 3ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Mato Grosso decidiu afastar, em sessão na manhã desta terça-feira (7), o deputado estadual José Riva (PSD) da função de presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso. 

 
 
Na mesma sessão, o TJ manteve o afastamento do ex-deputado Humberto Bosaipo do cargo de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado.

 
 
A decisão é unânime, com base no voto do juiz Sebastião Barbosa Farias, que descartou o argumento da defesa do parlamentar, de que ele não teria causado danos ao erário.

 
 
Embora tenha sido afastado do comando do Legislativo, Riva continua exercendo o mandato de deputado estadual.

 
 
Ele é acusado de participar de um suposto esquema de desvio de recursos públicos e lavagem de dinheiro, por meio da emissão de cheques do Legislativo para empresas de fachadas.

 
 
Na última sessão da Câmara, no dia 30 de abril, a desembargadora Maria Erotides Kneipp votou pelo afastamento de Riva e Bosaipo das funções públicas. 

 
 
A conclusão do julgamento, no entanto, foi adiada por um pedido de vista do juiz Sebastião Farias (leia mais AQUI). 

 
 
No seu voto, a magistrada relatou que, em 2001, o Poder Legislativo emitira 48 cheques à Sereia Publicidade e Eventos Ltda., num montante de R$ 2.650.921,20.

 
 
Pelo menos, 26 cheques foram descontados diretamente no caixa, numa agência do do Banco do Brasil e outros 22 na Confiança Factoring, que pertencia ao bicheiro João Aarcanjo, que está preso na Penitenciária de Segurança Máxima de Campo Grande (MS). 

 
 
Os cheques foram descobertos durante a Operação Arca de Noé, deflagrada em dezembro de 2001 pela Polícia Federal.

 
 
Mais recursos

 
 
A 3ª Câmara julga nesta terça-feira outros quatro recursos impetrados por Riva e Bosaipo. São uma apelação, dois embargos de declaração e uma exceção de suspeição. 

 
 
A primeira a ser julgada foi uma apelação sob a relatoria da desembargadora Maria Erotides Kneip, que teve o julgamento iniciado em 16 de abril. 

 
 
O magistrado é também o relator da segunda apelação. 

 
 
O deputado e o conselheiro tentam reverter a decisão da própria 3ª Câmara Cível, que determinou a indisponibilidade de bens deles, até o montante de aproximadamente R$ 591 mil. 

 
 
Já a exceção de suspeição é contra o juiz Luis Aparecido Bortolussi Júnior, da Vara Especializada em Ação Civil Pública e Ação Popular. 

 
 
O magistrado é o responsável algumas das sentenças de primeira instância que condenaram Riva e Bosaipo por ato de improbidade administrativa. 

 
 
Suposto desvio de dinheiro

 
 
Em todos os casos a serem julgados nesta terça-feira, o deputado e o conselheiro são acusados de participarem de um um suposto esquema de desvio de recursos públicos e lavagem de dinheiro, que funcionaria por meio da emissão de cheques da Assembleia Legislativa para empresas de fachadas.

 
 
O dinheiro teria sido usado para custeio de despesas pessoais ou financiamento de campanhas eleitorais. 

 
 
Um levantamento realizado pelo MPE apontou que as ações civis públicas movidas contra o deputado e o conselheiro visam ao ressarcimento de uma quantia que já ultrapassa R$ 97 milhões.

 
 
Recurso

 
 
A assessoria jurídica de José Riva informou que o parlamentar acata a decisão do Tribunal de Justiça de afastá-lo da presidência da Assembleia, mas que irá recorrer junto ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).





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