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Politica Brasil
Quinta - 30 de Agosto de 2007 às 18:26

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O presidente do Conselho de Ética, Leomar Quintanilha (PMDB-TO), decidiu nesta quinta-feira (30) que a votação do relatório que pede a cassação do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), será secreta.

A determinação causou a revolta da oposição, que brigava desde esta manhã para que o voto fosse aberto. Renan Calheiros é acusado de ter recebido ajuda de um lobista para pagar despesas pessoais.

O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgilio (AM), lembrou que, em 2003, quando o mesmo Conselho de Ética aprovou o pedido de cassação de Antônio Carlos Magalhães, a votação foi aberta. Naquela oportunidade, o plenário da Casa absolveu ACM. "No plenário, defendo o voto secreto. Mas aqui, no Conselho de Ética, a votação tem de ser aberta."

O regimento da Câmara dos Deputados, usado como referência pelos senadores, diz que, nos Conselhos, as votações podem ser abertas. No plenário, aí sim, a votação para a cassação deve ser secreta. "Aqui, não estamos cassando o mandato de Renan," completou Virgílio.

Manifestação

Nesta manhã, antes de começar a sessão, a Frente Parlamentar pelo Voto Aberto, liderada pelo PSOL, fez uma manifestação em frente à sala em que deve ser votado o parecer sobre Renan. Faixas e cartazes foram abertos. Uma delas dizia "Quero saber como meu representante vota". Os deputados Chico Alencar (PSOL-RJ) e Fernando Gabeira (PV-RJ) levantaram pequenos cartazes com as palavras "ética"e "transparência".

Na quarta-feira (29), um dos relatores do caso, Renato Casagrande (PSB-ES), chegou a afirmar que só apresentararia o relatório sobre o caso se a votação fosse aberta. "Se nós não tivermos a votação aberta na quinta-feira, nós termos que mudar a data da votação dessa matéria", declarou Casagrande.

Vista

Dois aliados do presidente do Senado, Renan Calheiros, Wellington Salgado (PMDB-MG) e Gilvam Borges (PMDB-AP) pediram vista nesta quinta do relatório apresentado por Renato Casagrande (PSB-ES) e Marisa Serrano (PSDB-MS), que pede a cassação do mandato de Renan.

Caberá ao presidente do Conselho de Ética, Leomar Quintanilha (PMDB-TO), também aliado de Renan, determinar quando a votação será feita. Pelo regimento da Casa, o tempo mínimo de vista é de 24 horas. Quintanilha pode, sim, negar o pedido de vista.





Fonte: G1

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