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Politica Brasil
Quinta - 30 de Agosto de 2007 às 18:05

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A empresária do segmento madeireiro Silmara dos Santos Nunes afirmou, durante depoimento a CPI da Sema, que Devair Valim, ex-prefeito da cidade de Nobres, havia articulado a venda de uma área considerada, por ele, propícia à extração de madeira. Ela ainda informou que Valim sempre afirmou ter livre acesso à Sema, mantendo um bom relacionamento com funcionários do auto escalão do órgão.

Nos autos apurado pela CPI, os planos de manejo florestal e de extração florestal da empresária, que foram protocolados na Sema, teriam demorado apenas 36 dias para serem liberados, apesar de apresentarem algumas pendências ao longo da tramitação. O prazo, considerado pelos parlamentares da comissão como ‘extraordinário’, se choca com o tempo em geral utilizado para liberação dos mesmos procedimentos - chegam a demorar anos para serem liberados.

Silmara foi a primeira a ser presa pela Operação Guilhotina, desencadeada pela Polícia Civil, a partir das investigações do Ministério Público Federal. A operação resultou na prisão de mais de 100 pessoas em todo o Estado.

No final do depoimento, Silmara disse que o setor madeireiro está enfraquecido e que o mesmo dá oportunidade de emprego e renda a muitas famílias. “Infelizmente, pessoas e ações têm contribuído com o desemprego da região norte. O governo estadual vai arcar com o prejuízo?”, indagou Silmara.

De acordo com o relator da CPI, deputado estadual Dilceu Dal’Bosco, “a cada depoimento uma surpresa” - como foi na oitiva do servidor Márcio Cavalcante - que atua na região de Sinop. Ele também foi preso na Operação Guilhotina acusado por favorecimento.

Durante o depoimento, Márcio fez várias comparações sobre as denúncias levantadas contra ele. Uma delas foi a alegação de retiradas de placas identificadoras que são afixadas nas árvores, na propriedade Gislaine, do empresário Valmor Brolin. “No meu relatório, que vocês podem conferir constam as fotos das árvores identificadas”, informou o servidor, justificando a acusação de que no processo avaliado por servidores do órgão ambiental de Alta Floresta e Colíder havia uma notificação que as árvores não estavam identificadas.

Márcio ainda informou aos membros da CPI, o porquê de contratarem profissionais da região e não remanejarem de Cuiabá para essas localidades. “Um funcionário que foi contratado é biólogo e está emitindo pareceres ambientais. Como vocês puderam verificar eles nem sabem os termologias corretas”, criticou.

Outra observação apontada foi com relação a data do relatório feito por ele (Márcio) executado no dia 20 de abril desta ano. “Os outros servidores (Alta Floresta e Colíder) emitiram um relatório no dia 21, um dia após”. O deputado estadual Walter Rabello salientou que por coincidência, o dia 21 do referente mês e ano se deu num sábado e feriado. “Daí podemos observar as falhas existentes”, concluiu o parlamentar.

A Comissão Parlamentar de Inquérito ouvirá hoje (30), às 14h, no auditório Licínio Monteiro, o empresário Jurandir Barros de Carvalho, irmão de José Roberto Barros de Carvalho, que está com problemas de saúde, e o assessor do deputado Juarez Costa, Fernando Brandão.





Fonte: Assessoria

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