Todo resíduo de gesso que geralmente é desperdiçado pela construção civil de Rondonópolis será reaproveitado. A iniciativa, inédita, é do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e faz parte de um projeto que recebe o financiamento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
De acordo com a assessoria de imprensa, cerca de 4% dos entulhos gerados pela construção civil é gesso. O gesso é utilizado no formato de placas, blocos, molduras ou revestimento de paredes. Depois de aplicado é gerada um alto índice de resíduos que chega a compor cerca de 30% a 45% de sobras dependendo do produto.
O projeto trabalhou para o desenvolvimento de um processo inovador e sustentável com a intenção de reduzir os desperdícios nos canteiros de obras na construção civil. Dessa forma, o material é reutilizado para a fabricação de novas placas e blocos de gesso em parceria com as construtoras locais.
Segundo dados do Sindicato das Indústrias da Construção da Região Sul de Mato Grosso (Sinduscon-Sul) somente o município de Rondonópolis existem cerca de 30 construtoras, juntas estima-se uma geração de 20 toneladas de resíduos de gesso por mês. Sendo assim, a proposta encontra um mercado atraente, sendo capas de produzir 24 mil placas de gesso ou 4.280 blocos de gesso ao mês.
Atualmente o projeto está na fase de aquisição de maquinário e está orçado em R$ 486 mil. Depois de concluído cerca de 15 toneladas de gesso poderá ser reciclado por semana.
Mineral
O gesso é um mineral aglomerante produzido a partir do aquecimento da gipsita, um mineral abundante na natureza. O material é encontrado no mundo todo, no Brasil ele ocorre em terrenos cretáceos de formação marinha, principalmente nos estados do Maranhão, Ceará, Rio grande do Norte, Piauí e em Pernambuco.
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