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Internacional
Segunda - 20 de Agosto de 2007 às 06:45

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Damasco, 20 ago (EFE).- O primeiro-ministro iraquiano, Nouri al-Maliki, chegou hoje a Damasco para discutir assuntos políticos e de segurança em uma polêmica visita de três dias à Síria, a primeira que faz a este país desde que assumiu o poder, em abril de 2006.

Maliki deve reunir-se com o presidente sírio, Bashar al-Assad, com o vice-presidente, Farouk al-Shara, e o titular de Assuntos Exteriores, Walid al-Muallem.

Esta é a segunda visita de Maliki este mês a um país considerado como inimigo pelos Estados Unidos, depois da realizada há duas semanas ao Irã, o principal aliado regional da Síria.

Iraque e Síria, que compartilham 650 quilômetros de fronteira, viveram tradicionalmente uma relação turbulenta, especialmente durante o regime de Saddam Hussein, embora em novembro de 2006 os países tenham retomado plenamente os laços diplomáticos.

Damasco rejeitou num primeiro momento receber o governante iraquiano, mas finalmente aprovou a visita, sob a condição de que as conversas se centrem na reconciliação nacional no Iraque e na representação equilibrada da comunidade sunita nesse país, segundo fontes oficiais.

Apesar de tudo, a Síria continua sendo acusada de fazer vista grossa na fronteira, permitindo a entrada de milicianos estrangeiros e terroristas no Iraque.

Damasco se defendeu destas críticas com o argumento de que é muito complicado controlar a longa fronteira entre os dois Estados, que é em grande parte uma zona desértica.

Como gesto de boa vontade, as autoridades sírias designaram recentemente dois "enlaces" com Bagdá, um para temas de segurança e outro para tratar o problema dos refugiados iraquianos na Síria, que quase chegam aos dois milhões.

Além disso, também deram passos como o estabelecimento de novos postos de observação na fronteira e uma conferência sobre a segurança no Iraque que aconteceu em Damasco este mês.

As conversas entre os dois países também envolverão o petróleo, já que a Síria se mostrou disposta a importar o cru iraquiano após reparar o oleoduto entre os liga.

Foi o próprio Maliki que suspendeu o reparo do oleoduto Kirkuk-Banias (supostamente sob ordens americanas), que produz cerca de 200 mil barris por dia.

O dirigente iraquiano conhece bem a Síria, já que viveu no país por vários anos na década de 1990 como refugiado do regime de Saddam Hussein.





Fonte: EFE

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